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Araguaína emite alerta para doenças respiratórias causadas por vírus em crianças

Araguaína emite alerta para doenças respiratórias causadas por vírus em crianças

Até o momento, apenas 69,50% crianças menores de cinco anos foram vacinadas contra a Influenza, a baixa adesão reflete no aumento exponencial das internações (Foto: Marcos Filho Sandes)

O CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) de Araguaína emitiu um alerta epidemiológico por causa do período sazonal das viroses e síndromes respiratórias graves, que têm seu ápice nos meses de março, abril e maio. Segundo o documento, a Influenza, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o Rinovírus são os principais causadores das doenças respiratórias, com potencial de agravamento para população de risco, entre elas as crianças.
 
A secretária da Saúde de Araguaína, Ana Paula Abadia, enfatiza que a vacinação é a principal medida para minimizar o agravamento das enfermidades e a necessidade de internação. Contudo, até o momento, apenas 69,50% crianças menores de cinco anos foram vacinadas, a baixa adesão reflete no aumento exponencial das internações.
 
“Todas as Unidades Básicas de Saúde estão com a vacina da Influenza à disposição para crianças a partir de seis meses de idade e todos que queiram, em especial os grupos de risco. Pedimos aos pais e responsáveis que vacinem seus filhos para tentarmos controlar essa situação”, pontua Ana Paula.

Vacinação

Além das doses contra a Influenza disponíveis em todas as 22 UBS da cidade, a prefeitura está com a Estratégia de Vacinação das Escolas ativa até 30 de maio. Os pais ou responsáveis dos alunos matriculados nas creches e escolas dos ensinos fundamental e médio são comunicados previamente para enviarem o cartão de vacinação e a autorização de vacinação da criança ou adolescentes.

Alta demanda no PAI

Em março deste ano, o PAI (Pronto Atendimento Infantil) de Araguaína realizou 4.370 atendimentos, uma média de 140 por dia. Em abril, o número subiu para 5.220, média diária de 174. Conforme os dados da unidade, mais de 80% desses atendimentos estão relacionados às síndromes respiratórias.
 
No plantão noturno do último dia 6, entre às 19 e 00 horas, um intervalo de apenas cinco horas, o PAI (Pronto Atendimento Infantil) de Araguaína registrou 59 atendimentos, quase a metade da média diária neste período sazonal.
 
“Quanto menor a criança, maior é a gravidade, especialmente entre os recém-nascidos e lactentes, acometidos por quadros severos de bronquiolite. Reforçamos nosso efetivo de médicos, são três em atendimento direto, um médico de retaguarda e mais uma médica em auxílio dentro dos horários de picos. E temos demanda constante de transferências para o Hospital Municipal de Araguaína, que também está operando com a capacidade máxima de ocupação”, informa Elena Medrado, diretora técnica do PAI e HMA, unidades geridas pelo ISAC (Instituto Saúde e Cidadania).
 
Ainda segundo a médica, muitos desses casos evoluem com necessidade de oxigenoterapia, fisioterapia respiratória e internações em leitos de estabilização, semi-intensiva ou UTI.

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Novas estratégias no HMA e PAI

O Hospital Municipal de Araguaína está com todos os leitos de internação ocupados, sejam na UTI Pediátrica, Estabilização ou Enfermaria. A unidade recebe pacientes referenciados do PAI, de unidades particulares e também de outros municípios. Além disso, o HMA continua realizando cirurgias pediátricas cardíacas, urológicas e gerais, que também demandam leitos de retaguarda para internação.
 
Para dar conta da demanda, a médica Elena Medrado informa que o hospital abriu 10 leitos extras para internação pediátrica. “Também colocamos mais um profissional para atendimento 24 horas e implantamos o serviço de fisioterapia respiratória contínua no PAI, com o objetivo de acelerar a recuperação e reduzir o índice de internações”, informa a diretora.

Comportamentos que ajudam

Renata Mendes, diretora do CIEVS, lembra que a população pode evitar comportamentos de risco nesta época do ano em que os vírus respiratórios circulam com mais intensidade.
 
“Recomendamos o uso de máscara em todos os ambientes que aglomeração de pessoas, em espacial os espaços de saúde ou hospitalares, higienização frequente das mãos e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de síndromes gripais. Somadas à vacinação, essas condutas reduzem o risco de infecção e agravamento da doença”, conclui Renata. 

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