O candidato à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) pela corrente “Articulação de Esquerda”, Valter Pomar, cumpre agenda de campanha em Palmas nesta quarta-feira, 7, e em Porto Nacional nesta quinta-feira, 8, ao lado do presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFT e UFNT (Sindat), Jozafá Maciel, que disputa o diretório tocantinense da sigla pelo mesmo grupo. Os postulantes tem programação com a imprensa local, promovem visitas a sindicatos e debates com a militância.
ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA QUER PARTIDO MILITANTE
Em conversa com a CCT, Valter Pomar elencou as principais pautas da corrente e criticou a situação atual da sigla. “Questões chaves, são mudar a política econômica, a de alianças; e enfatizar o socialismo como objetivo estratégico. Na condução, a gente defende que o PT seja um partido militante. Na nossa opinião, eles [Construindo um Novo Brasil] defendem um partido de filiados, não estimulam a organização partidária cotidiana, e o debate de ideias com a sociedade não é essencial, mas a eleição. A lógica deles é eleitoral”, resumiu o também professor de relações institucionais.
GOVERNO LULA É FANTÁSTICO EM RELAÇÃO AO PASSADO, MAS INSUFICIENTE AO QUE É NECESSÁRIO

Valter Pomar também fez uma breve avaliação da gestão do presidente Lula da Silva, que destaca ter demonstrado problemas logo no início do mandato, quando abandonou a palavra “transformação” do lema, que estava no título do plano de governo. O nome escolhido foi “União e Reconstrução”. “É um democrata, que respeita a ciência, a tolerância, a soberania nacional. Em comparação com o passado, é uma mudança fantástica. O problema é em comparação com o que precisamos fazer. É insuficiente”, disse. Para o candidato, a presidência é “lenta” para fazer mudanças. A corrente defende que a adoção de medidas “transformadoras” que impactem a vida do trabalhador, como a reforma agrária para combater a inflação dos alimentos; e uma mudança no sistema financeiro que garanta a redução dos juros.
PARTIDO PRECISA ESTAR NO DIA A DIA DO TRABALHADOR
Candidato a presidente do PT do Tocantins, Jozafá Maciel reforçou o discurso de reconectar a sigla com a militância e também fez críticas ao comando de José Roberto. “O PT nasce da luta da classe trabalhadora. Uma coisa que a gente precisa ter é a clareza de que nossos candidatos são representantes da classe. O que a gente precisa é estar no dia a dia. A atual gestão nunca fez uma reunião do diretório em cinco anos”, disse o sindicalista.
PT NÃO PODE SER USADO COMO LEGENDA DE ALUGUEL
Outro ponto argumentado por Josafá Maciel é a necessidade da sigla se organizar para 2026. “Nós temos que concentrar esforços para que tenhamos chapa completa para deputado federal, senador, governador. A gente precisa dessa construção. O PT não pode ser usado como legenda de aluguel. Precisamos construir e isto não é definido no dia da convenção, mas a partir de agora”, defendeu.