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Em Plenária do PPA, presidente do Indtins lamenta que políticas previstas para comunidade indígena “pouco se revelam na prática”

Presidente do Instituto Indígena do Tocantins, Paulo Ixati Karajá, durante Plenária do Plano Plurianual do governo federal (Foto: Adilvan Nogueira/Secom)

O Instituto Indígena do Tocantins (Indtins) participou na sexta-feira, 16, da Plenária do Plano Plurianual do governo federal promovida em Palmas. O presidente da entidade, Paulo Ixati Karajá, foi um dos representantes com direito à palavra no evento, que contou com a presença dos ministros da Justiça, Flávio Dino (PSB); do Planejamento, Simone Tebet (MDB); e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “Esse processo, onde a comunidade tem a oportunidade de exercer a sua opinião é de extrema importância. É um diagnóstico participativo onde a sociedade aponta os seus anseios e desejos para que as necessidades asseguradas pela Constituição Federal sejam cumpridas”, pontuou.

POLÍTICAS QUE NÃO ATINGEM COMUNIDADE INDÍGENA

Paulo Ixati  citou aspectos que afetam a população indígena, como a ausência de promoção da cidadania e a defesa dos direitos humanos, com o que a população indígena vem sofrendo ao longo do tempo. “As políticas existentes hoje não são executadas de modo a atingir os usuários finais, dessa forma temos a falta de reconhecimento dos direitos dos povos indígenas dentro dos seus territórios e acreditamos ser um dos pilares necessários para que o governo estadual, junto com o federal, possa trazer fortalecimento aos povos indígenas”, ressaltou.

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AUTOSSUSTENTABILIDADE 

O representante também evidenciou a agricultura familiar e a agroecologia, ambas intimamente ligadas com as tradições dos povos indígenas, para a autossustentabilidade e também expressou a preocupação com as questões ambientais que afetam a população no mundo todo. “Almejamos uma economia solidária, que possa preservar o meio ambiente e possa repercutir diretamente no cenário mundial, no que diz respeito às mudanças climáticas”.

DIREITO À PLURALIDADE ÉTNICA

Dentre as propostas disponíveis na plataforma Brasil Participativo, Paulo Ixati  declarou que votou no direito à pluralidade étnica. “Os direitos indígenas garantidos pela legislação brasileira pouco se revelam em sua prática. Falta muita assistência social, proteção dos territórios, saúde, educação, e acredito que somente com a junção das forças  municipais, estaduais e federais poderemos galgar um caminho melhor para os povos indígenas do Tocantins e do Brasil”, concluiu o representante.      

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