A Prefeitura de Araguaína se manifestou no fim da manhã desta sexta-feira, 9, sobre a greve dos profissionais da rede municipal de ensino. O Paço afirma ter sido surpreendido pela mobilização iniciada nesta quarta-feira, 7, isto porque havia uma reunião marcada para o mesmo dia para discutir as reivindicações, mas que a mesma foi adiada para o dia 14 devido a compromisso urgente do prefeito Wagner Rodrigues (UB) em Brasília. A nota destaca que o gestor “sempre foi transparente e receptivo às demandas da categoria”.
MUNICÍPIO AVALIA VIABILIDADE FINANCEIRA
O município destaca que os professores da rede municipal já recebem o terceiro maior salário do País, apesar de admitir que o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) está defasado. Por outro lado, o Paço garante que já estuda a reestruturação. “Em relação às reivindicações feitas pelo sindicato, a prefeitura informa que está avaliando a viabilidade financeira diante do orçamento público previsto para este ano. O Executivo Municipal tem a responsabilidade de garantir o direcionamento das verbas para todas as áreas que demandam investimento e demais custos de manutenção, sem priorizar uma em detrimento de outras”, contextualiza. O município também relata “dificuldades em relação aos repasses constitucionais insuficientes de outras esferas de governo”, sem especificar.
AULAS SERÃO REPOSTAS
Sobre os impactos da paralisação, o município já adiantou que já prepara um calendário de reposição. “Os dias letivos sem aula em virtude da paralisação serão repostos conforme cronograma a ser divulgado pela Secretaria Municipal da Educação, podendo ser aos sábados ou no mês de julho para não prejudicar o processo de aprendizagem das crianças em fase de alfabetização”, esclarece.
Leia a íntegra da nota:
““A Prefeitura de Araguaína recebeu com surpresa a informação sobre a paralisação das atividades dos professores concursados da rede municipal de ensino, conforme anúncio feito pelo sindicato. O Município sempre foi transparente e receptivo às demandas da categoria, inclusive já havia uma reunião agendada entre o sindicato e o prefeito Wagner Rodrigues, prevista para a última quarta-feira, dia 7. Como o prefeito precisou ir com urgência à Brasília para tratar da liberação e captação de recursos, a reunião foi reagendada para a próxima quarta, dia 14 e devidamente informada ao sindicato antes da paralisação.
Informa também que os dias letivos sem aula em virtude da paralisação serão repostos conforme cronograma a ser divulgado pela Secretaria Municipal da Educação, podendo ser aos sábados ou no mês de julho para não prejudicar o processo de aprendizagem das crianças em fase de alfabetização.
Nos últimos quatro anos, os investimentos na Educação foram um dos maiores na história da cidade, com abertura de novas escolas, ampliação e reestruturação de outras, novos materiais didáticos, equipamentos de lazer, ar-condicionado em todas as unidades, inclusive na zona rural, entre outros melhorias. O Município recebeu prêmios de reconhecimento nacional pelo investimento e qualidade no ensino.
Nestes primeiros meses de 2025, a prefeitura inaugurou a primeira creche de tempo integral, Gardene Mota, com capacidade para 230 crianças, e a previsão é integralizar toda a rede de ensino nos próximos anos.
O salário atualmente pago para os professores da rede municipal é o terceiro maior do Brasil, melhor, inclusive, do que salários de escolas particulares. Este ganho é regulamentado por um Plano de Cargos, Carreira e Salários, que está defasado, mas que já está sendo reestruturado e atualizado pelo Município. Com este documento, o professor sabe quanto vai ganhar no começo e no fim da carreira.
Em relação às reivindicações feitas pelo sindicato, a prefeitura informa que está avaliando a viabilidade financeira diante do orçamento público previsto para este ano. O Executivo Municipal tem a responsabilidade de garantir o direcionamento das verbas para todas as áreas que demandam investimento e demais custos de manutenção, sem priorizar uma em detrimento de outras.
Desde o início do ano, a prefeitura enfrenta dificuldades em relação aos repasses constitucionais insuficientes de outras esferas de governo, afetando o planejamento financeiro da administração.”
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