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Simed diz que vê retomada com “desconfiança” e que Palmas deveria olhar exemplo de SP e Araguaína e retroceder, não ampliar flexilibilização

Sede do Sindicato dos Médicos do Tocantins, em Palmas (Foto: Divulgação/Ascom)

O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed-TO) afirmou em nota que recebeu “com desconfiança” a informação da Prefeitura de Palmas de que vai ampliar para mais 25% do setor empresarial, a reabertura das atividades econômicas, que incluem o comércio varejista, restaurantes e shoppings.

Dias 8 e 15 de junho

Conforme o plano para retomada das atividades econômicas da Capital, anunciado na manhã desta sexta-feira, 29, a economia começa a voltar ao funcionamento a partir do dia 8 de junho, quando poderão reabrir o comércio varejista, concessionárias, lojas de departamentos e parques praças. No dia 15 de junho, poderão retomar os trabalhos shoppings (com exceção da área de entretenimento), restaurantes (self-service e a la carte), academias e escolas de natação e esportivas.

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Exemplo de SP e Araguaína

O Simed afirmou que “uma simples olhada no caso de São Paulo, que atingiu o recorde de 6.382 novos casos de coronavírus em 24 horas após a flexibilização e, no exemplo, mais próximo, o de Araguaína, que assumiu a condição de epicentro da doença no Estado, com 1.517 dos 3.611 casos confirmados e 18 dos 70 óbitos registrados nesta sexta-feira”. “São indicativos empíricos do quanto a flexibilização em curva ascendente pode resultar desastrosa”, avisou o representante dos médicos.

Município não está em condições de conter contágio

Diante do que o município considera de “nova normalidade” que virá com a reabertura, o sindicato disse entender que a população vai passar a ter a sensação de normalidade e irá para a rua. “Com potencial para aumentar assustadoramente o número de casos, e, na atual configuração do serviço de saúde pública, o município não está em condições de conter o contágio”, alertou o Simed.

Tinha que retroceder na flexibilização

Para a entidade, diante da curva ascendente dos casos registrada nos últimos dias e da falta de estrutura hospitalar suficiente para atender a população infectada, o mais indicado seria o município rever parte dos 75% dos setores empresariais já liberados, retroceder na flexibilização, até a estabilização do contágio, e não ampliar a flexibilização como fez nesta sexta-feira.

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