A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 15, a 2ª fase da Operação Personale, que em junho deste ano investigou superfaturamento em contratos de compra de máscaras realizado pela Secretaria de Saúde do Tocantins (Sesau). A própria pasta do governo estadual foi quem apresentou a denúncia.
Um terceiro contrato
Aproximadamente 14 agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas, Sorocaba (SP) e Iperó (SP). Na atual fase das investigações as buscas se materializam sobre um terceiro contrato, firmado no mesmo período, para aquisição de 88 mil máscaras pelo valor unitário de R$ 29,35, totalizando R$ 2.582.800,00.
A primeira fase
As investigações tiveram início após indícios de superfaturamento em dois contratos firmados entre a Secretaria de Saúde e empresas, visando à compra de 12 mil máscaras de proteção facial modelo N95, adquiridas pelo valor unitário de R$ 35, totalizando em R$ 420 mil. O Ministério Público Federal (MPF) admitiu na época que foi a Sesau que denunciou os preços. A compra só teria sido efetivada devido à extrema urgência pela pandemia de Covid-19.
Propostas mais vantajosas
Apesar da denúncia, a Polícia Federal afirma nesta que fase o processo de contratação era composto por propostas mais vantajosas que a apresentada pela empresa investigada, o que não teria impedido sua contratação. Os investigados poderão responder pelo crime de peculato e/ou crime contra a economia popular, com pena de até 12 anos de reclusão e multa.
Batismo
O nome da Operação “Personale”, que em italiano significa “pessoal”, faz alusão ao interesse pessoal de alguns em detrimento ao interesse público. Além disso, o vocábulo “persona” em latim originalmente significava máscara.