Coordenador da bancada federal no Congresso Nacional, o deputado Tiago Dimas (DEM) segue na luta pela revisão do edital de concessão da BR-153 entre Aliança do Tocantins e Anápolis (GO). Conforme o projeto, dos 173,93 quilômetros do trecho localizado no Estado, 75% só será duplicado depois de 20 anos. O parlamentar quer a suspensão do leilão previsto para acontecer no dia 29 deste mês e pede apoio do Palácio Araguaia e da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM).
Assunto de extremo interesse de todos
Ao governador Mauro Carlesse (sem partido) e ao presidente da ATM e prefeito de Talismã, Diogo Borges (DEM), o coordenador da bancada federal enviou cópia do ofício que fez ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, cobrando a suspensão do leilão e pediu ajuda dos gestores no pleito. “Por saber que o assunto é de extremo interesse de todos, solicito vosso apoio para que possamos somar forças na busca da modificação do edital a fim de que o Tocantins saia verdadeiramente beneficiado”, escreveu a ambos. A associação já se posicionou e disse estudar judicializar o caso, que já ganha repercussão na mídia nacional. O imbróglio foi abordado pela Época, do grupo Globo.
Diferenças de tratamento vão além da duplicação
Em vídeo divulgado nas redes, Tiago Dimas listou as diferenças de tratamento. Enquanto cerca de 75% do trecho tocantinense só será duplicado depois de 20 anos, os goianos receberão obras em 70% da sua parte na primeira década. Além disso, a duplicação imediata no Estado será de apenas 44 quilômetros de trechos urbanos, o que não ajudaria na redução de acidentes. O problema também se estende aos equipamentos rodoviários. Tocantins terá apenas duas passarelas, contra 17 de Goiás; nenhuma rotatória, contra seis do estado vizinho; nenhuma parada de descanso para caminhoneiros, quando são duas no território goiano; além de 10 retornos, conta 76.
Se o bem estar social não for considerado, não temos razão para a concessão
Tiago Dimas questionou a falta de benefícios para o Estado, mesmo o pedágio sendo cobrado de forma imediata.“Este edital precisa ser revisto, melhorado. O que está sendo arrecadado precisa também ser investido no Tocantins. Não podemos continuar com esta discriminação. Se o bem estar social está mitigado, se não for considerado, não temos razão para a concessão. Não podemos admitir que isto aconteça. Temos que nos mobilizar, sensibilizar o governo federal, mostrar a importância e que não aceitaremos”, defendeu.
Tiago Dimas lista discriminações do edital com o Tocantins: