Não foi apenas a bancada federal que pressionou o Tribunal de Contas da União (TCU). Entidades representantes do setor produtivo do Estado enviaram ofício conjunto à Corte na quinta-feira, 15, e também se posicionaram contrários ao edital de concessão da BR-153 entre Aliança do Tocantins e Anápolis.
Edital ultrajante com os tocantinenses e estados vizinhos
A Federação da Agricultura e Pecuária (Faet) confirmou a movimentação. “Além de ultrajantes para os cidadãos e para as empresas tocantinenses, o ato da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] negligencia também todos os estados ao norte do Tocantins, usuários que são da BR-153 e de suas estruturas relacionadas”, disse a entidade à Coluna do CT. O documento defende que o patrimônio só seja cedido sob “critérios adequados”.
Outras entidades
Também teriam assinado o ofício a Federação das Indústrias (Fieto), do Comércio e Serviços (Fecomércio) e a Confederação das Associações Comerciais (Faciet).
Duplicação
Com leilão marcado para o dia 29, o edital de concessão da BR-153 é alvo de duras críticas da comunidade tocantinense devido às diferenças de prazos de duplicação entre estados. O Tocantins terá 74,25% do trecho com as obras sendo iniciadas somente a partir do 20º ano da cessão, enquanto os goianos verão 69,8% da rodovia duplicada já na primeira década.