Com foco na formação integral dos estudantes, as unidades de ensino da rede estadual realizam um trabalho que visa formar para além das salas de aula, o que tem refletido diretamente nas conquistas dos estudantes. É o caso de Murilo Araújo Cancelier do Colégio Militar do Estado do Tocantins – Unidade III, e Karla Ribeiro Lima do Colégio Militar Doutor José Aluísio da Silva Luz, de Araguaína, que comemoram aprovação no curso de Medicina, em instituições federais, utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio.
De acordo com o diretor da unidade de ensino, o tenente-coronel Raimundo Soares Veloso Sobrinho, a conquista dos estudantes é fruto de um trabalho conjunto. “Primeiro temos a dedicação dos nossos alunos, o trabalho realizado pela escola e a integração da família, especialmente nesse período de pandemia. Nós fizemos um trabalho intensivo de motivação dos nossos estudantes, assim como realizamos um trabalho de atendimento individualizado para minimizar todas as dificuldades de aprendizagem”, ressaltou.
Murilo Araújo Cancelier, 18 anos, ingressou no ensino médio em 2018, já certo de que queria fazer o curso de medicina. “Eu cheguei a pensar em fazer Engenharia e Direito, mas quando conheci como era o curso de Medicina, especialmente o desejo de salvar as pessoas acabou mudando o meu foco. Foi assim que eu decidi que iria fazer Medicina. Sabia que não seria fácil ingressar no curso, por ser muito concorrido, mas me dediquei bastante aos estudos e consegui”, ressaltou.
Natural de Limeira (SP), Murilo Araújo Cancelier chegou ao Tocantins em 2013. Para ele, os conhecimentos adquiridos na escola da rede estadual de ensino foram fundamentais para a sua conquista. “Destaco, principalmente, o trabalho dos professores. Eles insistiam muito para que buscássemos sempre compreender os conteúdos que estavam sendo trabalhados. Além disso, eles utilizavam muitas formas para repassar os conteúdos e nos ajudar a entender, como jogos e seminários”, destacou.
Murilo Araújo Cancelier foi aprovado para o curso de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Araguaína, e para essa conquista ele também precisou adaptar sua rotina de estudos durante a pandemia. “Eu acordava às sete da manhã e estudava até às cinco da tarde, fazendo um intervalo para o almoço. Eu conciliava as atividades da escola com um cursinho on-line, então foi um período de muita dedicação. Já próximo à prova, eu tive a oportunidade de fazer um intensivo e tudo isso somou-se para que eu pudesse alcançar esse resultado”.
Já Karla Ribeiro Lima, 18 anos, estudou no Colégio Militar do Estado do Tocantins – Unidade III, entre 2016 e 2018, e desde a infância construiu uma história cheia de afeto com o curso de Medicina. “Quando eu era criança, eu dizia que ia ser doutora de animais, mais tarde, quando eu tinha de seis para sete anos, meus pais me deram uma bonequinha que vinha com equipamentos médicos e aí eu comecei a brincar com a boneca e comecei a dizer que ia ser médica de gente. Aos meus 12 anos, minha avó teve câncer e eu tomei a decisão definitiva de que queria ser médica porque eu queria ajudá-la e não sabia como. Eu queria ser médica para ajudar as pessoas!”, contou.
Para Karla Ribeiro Lima, a escola em que cursou o ensino médio deu as bases para que pudesse ingressar no curso superior. “O Colégio tinha uma metodologia diferente da que eu estava acostumada. Eles usam diversas metodologias para incentivar a estudar e eu sempre gostei de me destacar e eu queria estar no ranking pedagógico da escola, que era o ranking com os dez melhores alunos e isso foi um incentivo. Eles incentivam muito a buscar cada vez mais a vida estudantil, no colégio, eu passei em duas Olimpíadas. Se eu não tivesse feito meu ensino médio lá, talvez tivesse tido mais dificuldade para conseguir passar em um curso superior”, ponderou.
Até os 13 anos, quando foi para Araguaína, Karla Ribeiro Lima dividiu sua rotina de estudos entre o município de Estreito, no sul do Maranhão, e Arguianópolis, no extremo norte do Tocantins, onde residia com sua família. Depois de toda uma vida estudantil, e de ter sido selecionada para duas instituições de ensino superior, a sua decisão agora é mais fácil. Ela foi selecionada na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, e na Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). “Eu e minha família gostamos muito das duas faculdades, pois elas possuem uma ótima metodologia e hospitais universitários maravilhosos, porém estamos mais tendenciosos a escolher pela UFPA”, contou. (Da assessoria de imprensa)