Na tarde desta segunda-feira, 21, durante o I Simpósio de Educação foi ministrada palestra sobre os modelos híbridos e flexíveis de ensino e o case de uma escola municipal de Araguaína. A transmissão foi feita ao vivo pelo canal do Sebrae Tocantins, no Youtube.
A professora doutora e diretora de Desenvolvimento e Pesquisa Institucional da Unitins, Arlenes Delabary Spada iniciou o debate com o tema “Modelos Híbridos e Flexíveis” e interagiu com os participantes, por meio da ferramenta digital “Mentimeter”, sobre o que a educação deve ser. “Nós temos uma nova escola, com ferramentas que vieram para a sala de aula e com estratégias de reinvenção e adaptação. Não esperávamos amanhecer digitais na segunda-feira”, disse.
Arlenes explicou que os educadores não deixaram de trabalhar no período de pandemia e os questionamentos sobre o planejamento de aula, se o aluno tinha acesso à internet e às ferramentas tecnológicas foram pontos essenciais do ensino híbrido e suas possibilidades. “Mesmo os professores com muito tempo de ensino ficaram inseguros. Nunca vivemos este período antes. Porém, o ensino híbrido não é novo, desde 2014 já era utilizado em muitas escolas”, destacou.
Da sala de aula para casa
A professora explicou que o ensino híbrido traz ferramentas para acompanhar as habilidades do aluno. Ele possui três pontos que voltam-se para o meio de ensino virtual, local físico supervisionado e a aprendizagem integrada. “Para ser híbrido é preciso ter uma parte on-line, outra presencial e uma sem sombreamento. As atividades para serem feitas em casa são realizadas por meio de textos, áudios e vídeos. Já na sala de aula, vamos trabalhar com produção e recolher o que os alunos fizeram”, frisou, acrescentando que “precisamos utilizar novas estratégias para trabalhar no remoto. Um dos exemplos é a sala de aula invertida, onde o que se faz em casa volta-se para a sala de aula e vice-versa”, explicou Arlenes.
Empreendedorismo como projeto de vida
Durante sua exposição, a professora Arlenes afirmou que “o aprendizado precisa ser significativo. Os alunos querem trabalhar com empreendedorismo, excel, oratória e eles vão buscar aprender paralelamente ao seu projeto de vida”. Para ela, os estudantes querem aprender a fazer lives, trabalhar com o canva, postar no Instagram, desenvolvendo de maneira assertiva as habilidades. “Queremos um aluno que assista a atividade em casa e venha para a sala de aula com autonomia, ativo para discutir e se posicionar. Toda ferramenta tecnológica e digital é um meio. O aprendizado será o fim. Um bom planejamento tem intencionalidade”, ressaltou sobre o ensino híbrido.
A retomada das aulas
Na segunda parte da tarde, a secretária municipal de Educação de Araguaína, professora Elizângela Silva realizou um recorte de experiências na rede pública. “Diante da suspensão das aulas presenciais no início do ano passado, tivemos que nos ver distantes dos alunos e houve um momento de incertezas. Tivemos que criar um novo fazer pedagógico e agora a nova realidade é de somar, agregar e aprender”, explicou.
A secretária enfatizou que para a implantação do sistema de aulas não presenciais foi selecionado material impresso elaborado por professores com atividades relativas ao conteúdo. “Também utilizamos a plataforma digital, por meio do Sistema Ergon para a postagem de atividades e vídeos explicativos, além de aplicativos de mensagens com contato direto com os alunos e família”, pontuou.
“Só tenho uma palavra a dizer que é gratidão aos professores que, mesmo na pandemia, não ficaram de braços cruzados e que a aprendizagem chegue a todos os alunos com intencionalidade pedagógica para vencer este período”, afirmou e acrescentou: “Sou muito grata ao Sebrae, porque essa parceria nos fortalece. Este Simpósio é um evento de excelência que contribuiu e muito com a minha prática pedagógica, porque faz a diferença”, finalizou.
O Simpósio de Educação é uma realização do Sebrae Tocantins, Prefeitura de Porto Nacional, Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) e Governo do Estado do Tocantins. (Da assessoria de imprensa)