Levantamento do blog mostra que metade dos deputados estaduais — exatamente 12 dos 24 — mudou de partido desde as eleições estaduais de 2014. Alguns já no início do mandato, outros no decorrer dele e ainda houve quem aproveitasse a janela partidária fechada no sábado, 7. Com a dança das cadeiras, o número de partidos com representação no Legislativo estadual caiu de 14 para 12.
Daqueles que elegeram parlamentares em 2014, ficaram sem representantes na AL o PTB, PRTB, PSD, Pros e PSL. Eram dois petebistas, o presidente do Legislativo, Mauro Carlesse, que assumiu o comando do PHS; e Eduardo Siqueira Campos, que foi para o DEM.
O PRTB perdeu Júnior Evangelista para o PSC, o PSD ficou sem Toinho Andrade, que rompeu com a senadora Kátia Abreu (PDT) e se filiou ao PHS de Carlesse. O único deputado do Pros, Eli Borges, foi para o Solidariedade; e Cleiton Cardoso deixou o PSL e foi para o PSC, voltou para o PSL e acabou agora se filiando ao PTC.
LEIA MAIS
— BOM DIA – Com “janela”, Tocantins passou a ter 500 municípios
Bancadas
O PHS sempre foi um partido considerado nanico no Estado e agora foi empoderado, para usar uma expressão da moda, com um total de quatro deputados, tornando-se a maior bancada da AL, ao lado do MDB. A sigla não elegeu ninguém em 2014, mas recebeu o presidente do Legislativo no meio do mandato.
O partido cresceu na esteira da pré-candidatura de Carlesse a governador e na iminência de ele assumir o Palácio Araguaia, com a cassação do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV). Assim recebeu Wanderlei Barbosa (ex-SD), Toinho Andrade (ex-PSD) e Rocha Miranda (ex-MDB).
Apesar da queda de seu governador, o MDB aumentou uma cadeira em relação às eleições de 2014. O partido perdeu Rocha Miranda, mas tinha ganhado Valdemar Júnior (ex-PSD) nas pré-campanhas de 2016 e agora recebeu Jorge Frederico (ex-SD e ex-PSC). Elegeu três há quatro anos e terminará a legislatura com quatro.
O SD, que cresceu sob a força do governo Sandoval Cardoso, nas eleições de 2014, perdeu uma cadeira e caiu de 4 para 3 representantes. Das últimas eleições estaduais manteve Amélio Cayres e Vilmar Oliveira, seu presidente regional; perdeu Wanderlei e Jorge Frederico, mas conquistou Eli Borges (ex-Pros).
Crescimento forte também do PSDB, sob a articulação de seu presidente regional, senador Ataídes Oliveira. Os tucanos elegeram apenas um deputado há quatro anos – Olyntho Neto -, mas agora conquistou outro — Luana Ribeiro —, totalizando assim dois representantes no Legislativo estadual.
Bancada federal
Poucas alterações foram registradas na bancada federal. Única surpresa ficou por conta da deputada Josi Nunes, que deixou o MDB, reclamando de retaliações da cúpula nacional por causa de posturas e votos dela contra o governo do presidente Michel Temer. Josi se filiou ao Pros.
Gaguim, que foi eleito pelo MDB, migrou para o PMB e depois PTN/Podemos, aproveitou a janela partidária para ingressar no DEM.
Ainda na Câmara, Vicentinho Júnior permaneceu no PR, presidido por seu pai, o senador Vicentinho Alves. Mas o parlamentar se elegeu em 2014 pelo PSB, do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha.
No Senado, mudança somente de Kátia Abreu, que se filiou ao PDT. Ela estava sem partido desde novembro, quando foi expulsa do MDB.