O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, fez um discurso contundente em defesa do sistema eleitoral e rebateu o que chamou de afirmações “inverídicas” e “mentirosas” feitas pelo presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos de 7 de Setembro. “Já começa a ficar cansativo no Brasil ter que repetidamente desmentir falsidades para que não sejamos dominados pela pós-verdade, pelos fatos alternativos, para que a repetição da mentira não crie a impressão de que ela se tornou verdade. É muito triste o ponto a que chegamos”, lamentou Barroso.
Ele avaliou que a democracia vive um momento delicado em diferentes partes do mundo, em um processo que tem sido batizado de recessão democrática. “Com a benção de Deus, Deus de verdade do bem, do amor do respeito ao próximo, com a benção de Deus e a proteção das instituições, um presidente eleito democraticamente pelo voto popular tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023”, garantiu o presidente do TSE.
No discurso em São Paulo, no 7 de Setembro, Bolsonaro chegou a afirmar que “não é uma pessoa que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável, porque não é”. “Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada ainda pelo presidente do TSE.”
No pronunciamento desta quinta, Barroso rebateu: “Todas pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”. Segundo ele, “quando fracasso bate à porta, é preciso encontrar culpados.”
O ministro disse ainda que “o populismo vive de arrumar inimigos para justificar o seu fiasco. Pode ser o comunismo, pode ser a imprensa, podem ser os tribunais”.
Assista a íntegra do discurso: