O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), não se calou diante da ofensiva do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) no Twitter. Em nota à imprensa, o deputado estadual rebateu de forma dura a postura “provocativa” do pessebista, comportamento que julga ser fruto de “desequilíbrio emocional provocado pela ansiedade de querer chegar ao poder ofendendo famílias e quem quer que seja”.
Carlesse diz ter se encontrado com Amastha em “raríssimas vezes”, situações em que garante tê-lo tratado com respeito e dignidade. “Não vou me deixar levar pelo mesmo instinto irresponsável que marca seu comportamento, pois sou educado de forma diferente. Aprendi a respeitar as pessoas e também discordar de seus pontos de vista sem ter que ferir suas dignidades ou suas famílias”, respondeu.
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Pré-candidato a governador assim como Amastha, Mauro Carlesse entende que o ex-prefeito “provoca” apenas adversários e pessoas contrárias ao seu projeto. “Tenho visto na mídia que este senhor comporta-se de forma agressiva e desrespeitosa contra todos que contrariam os seus interesses políticos pessoais e esse tipo de atitude tem proporcionado situações constrangedoras para as pessoas e instituições”, alega.
Mauro Carlesse “exige” o “devido respeito” por parte de Carlos Amastha. “Não me curvarei a ofensas irresponsáveis e fruto de desequilíbrio emocional e desespero exacerbado”, diz o deputado após reforçar que ocupou interinamente o cargo de governador em cumprimento a uma “obrigação constitucional”, por ser presidente da Assembleia Legislativa.
“Ao assumir interinamente o governo do Estado, busquei, ao contrário dos políticos que se lançaram na corrida desenfreada para alcançar o poder na eleição suplementar, resolver os graves problemas que atingem nossa população”, acrescentou Mauro Carlesse, que se contrapôs a Amastha. “Jamais irei usar de termos pejorativos para denegrir ou desonrar pessoas ou famílias tocantinenses com o único propósito de alcançar o poder”, garantiu.
Por fim, o presidente da Assembleia Legislativa afirmou que os meios de comunicação devem ser utilizados para o “debate sadio” visando “propostas que venham ao encontro dos interesses maiores da comunidade”. “E não aos interesses escusos de indivíduos e grupos”, finalizou.
Entenda
Em postagem feita na noite dessa terça-feira, 10, Amastha prevê que a cassação do diploma de Marcelo Miranda voltará a valer após o julgamento do recurso do governador pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ao fazer o comentário, demonstrou não ver vantagem em uma gestão interina de Carlesse. “Na quinta-feira deve voltar o que entrou depois do que saiu e voltou. Vá embora em definitivo. Tudo farinha do mesmo saco. Política mais asquerosa do mundo”, disse sem citar nomes.
Leia o tweet do ex-prefeito e a íntegra da nota do presidente da Assembleia:
Na quinta-feira deve voltar o que entrou depois do que saiu e voltou,vá embora em definitivo. Tudo farinha do mesmo saco. Política mais asquerosa do mundo. #ReageTocantins
— Carlos Franco Amastha (@amastha2024) April 11, 2018
Nota de Mauro Carlesse:
“Tenho visto na mídia que este senhor comporta-se de forma agressiva e desrespeitosa contra todos que contrariam os seus interesses políticos pessoais e esse tipo de atitude tem proporcionado situações constrangedoras para as pessoas e instituições. Sempre o respeitei e o tratei com dignidade nas raríssimas vezes que tive oportunidade de encontrá-lo pessoalmente.
As colocações provocativas postadas pelo ex-prefeito, em relação a minha pessoa, deve ser fruto desse desequilíbrio emocional provocado pela ansiedade de querer chegar ao poder ofendendo famílias e quem quer que seja que ameace seu propósito.
Quero deixar claro que não vou me deixar levar pelo mesmo instinto irresponsável que marca seu comportamento, pois sou educado de forma diferente. Aprendi a respeitar as pessoas e também discordar de seus pontos de vista sem ter que ferir suas dignidades ou suas famílias. Vim de um berço humilde onde os fundamentos sempre foram o de respeitar as diferenças independente de cor, sexo , condição econômica e região de origem.
Ocupo a presidência de um poder constituído por decisão da maioria dos meus pares, onde todos que aqui tem assento chegaram respaldados pelo voto popular, inclusive eu. O cargo que ocupo possui prerrogativas constitucionais que me eleva a condição de ocupar temporariamente o cargo de governador em condições adversas. Não pedi e nem patrocinei ação que visasse a minha ascensão a este cargo. Apenas cumpro minha obrigação constitucional. E busco cumpri-la da melhor forma.
Deixo claro, porém, ao digníssimo ex-prefeito de nossa capital, Palmas, que exijo o devido respeito e que não me curvarei a ofensas irresponsáveis e fruto de desequilíbrio emocional e desespero exacerbado.
Filho desta pátria Brasil, vim para o Tocantins como milhares de pessoas, para ajudar a construí-lo e torná-lo digno de se viver. Jamais irei usar de termos pejorativos para denegrir ou desonrar pessoas ou famílias tocantinenses com o único propósito de alcançar o poder.
Ao assumir interinamente o governo do estado, busquei, ao contrário dos políticos que se lançaram na corrida desenfreada para alcançar o poder na eleição suplementar, resolver os graves problemas que atingem nossa população como o total abandono do atendimento a saúde, a falta de segurança da família tocantinense, o estado crítico de nossas rodovias e o desequilíbrio fiscal das contas do estado.
Entendo que nós, homens públicos, devemos utilizar os meios de comunicação para alimentar o debate sadio em torno de propostas que venham ao encontro dos interesses maiores da comunidade tocantinense e não aos interesses escusos de indivíduos e grupos “