Novo homem forte do Estado, o secretário da Governadoria, Joseph Madeira, também é citado em um dos inquéritos da Polícia Federal (PF) que resultaram no afastamento do governador Mauro Carlesse na quarta-feira, 20. Joseph foi nomeado pelo governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido) no Diário Oficial dessa segunda-feira, 25, com a maioria do primeiro escalão da nova gestão. A informação é do portal araguainense AF Notícias, que teve acesso a um trecho do documento.
Menos serviço que o pago
De acordo com o trecho do inquérito divulgado pelo portal de Araguaína, a ex-diretora da Escola Superior de Polícia, delegada Cinthia Paula de Lima, em sua gestão como diretora administrativa da Assembleia, assinou contratos, pareceres técnicos e atestou prestação de serviços e aquisição de materiais. “Dentre eles, encontrava-se contrato celebrado com a empresa Jorima Segurança Privada nos quais se constatou algumas ilicitudes, como postos de trabalho com menos vigilantes que o contratado e quantidade menor de câmeras instaladas em relação às efetivamente faturadas e pagas”, afirma o trecho do processo. A Jorima tem entre seus sócios o secretário Joseph Madeira.
Frequentemente mencionado em esquemas criminosos
O trecho do inquérito ainda destaca: “Importa destacar que a empresa Jorima pertence a um empresário frequentemente mencionado como participante dos esquemas criminosos do atual governo”. Joseph, contudo, não foi alvo das operações da PF.
Afastada por 180 dias
Por conta das operações de quarta-feira, a ex-diretora da Escola Superior de Polícia, delegada Cinthia Paula de Lima foi afastada por 180 dias e proibida de ingressar na sede da Secretaria de Segurança Pública e unidades administrativas vinculadas, além de quaisquer estruturas da Polícia Civil. Também não poderá se comunicar com investigados, testemunhas, colaboradores da investigação, servidores da SSP e da PC. Ela foi um dos exonerados pelo governador Wanderlei por conta das operações.
Confira o trecho: