O secretário de Segurança Pública, Wlademir Oliveira, esteve reunido na tarde desta quarta-feira, 27, com a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Tocantins (Sindepol), Sarah Lilian, e com o vice, Bruno Azevedo, para tratar das reivindicações da categoria, como a reestruturação da carreira e a revisão dos atos normativos adotados na gestão de Cristiano Sampaio, afastado do cargo após a Operação Éris e posteriormente exonerado.
Comissão de reestruturação normativa
Conforme a assessoria do Sindepol, o secretário garantiu que todos os atos normativos ilegais ou inconstitucionais serão revogados e que uma nova comissão tratará da reestruturação normativa da pasta. Quanto à homologação das progressões e pagamento a partir de janeiro de 2022, com o fim do congelamento, Wlademir Oliveira afirmou que convocará o Conselho Superior da Polícia Civil (CSPC) nos próximos dias com o intuito de tratar e resolver este assunto. O gestor também se comprometeu a viabilizar a reestruturação da carreira da categoria.
Operação Éris
A garantia de reestruturação normativa vem para atacar pontos investigados na Operação Éris. Conforme o relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Mauro Campbell, a Polícia Federal apontou para a existência de uma organização criminosa liderada pelo governador afastado Mauro Carlesse (PSL) que teria “aparelhado todo o sistema de segurança pública do Tocantins”, com “intervenções políticas” que permitiram o “direcionamento de investigações em face de adversários políticos”. Em 2019, a SSP foi alvo de críticas pela criação de um novo Estatuto e de um Manual de Procedimentos. Os textos cobram a comunicação prévia de gestores em caso de investigação no âmbito do governo, dificultam o acesso à imprensa e retiram a inamovibilidade – direito de não ser transferido – dos delegados.