Ganhou força na Assembleia um movimento em prol do impeachment do governador afastado Mauro Carlesse (PSL). Nessa terça-feira, 23, nada menos do que 17 deputados participaram de uma reunião na residência de Amélio Cayres (SD) em Palmas para discutir o tema, com a presença do governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido).
Antes que saia liminar
Além dos 17 presentes, o pedido contaria com o apoio de outros quatro parlamentares que não estavam na reunião. A ideia é conseguir o impeachment para não se correr o risco de Carlesse obter uma liminar e retornar ao comando do Palácio Araguaia.
Problema Antônio Andrade
O problema aí é que o pedido só avança se for autorizado pelo presidente da Assembleia, Antônio Andrade (PSL), que resiste à ideia. Por isso, foi tirada uma comissão de deputados para falar com ele. Se a negativa persistir, haverá dois caminhos: pressão ainda maior dos deputados e a proposta para que Andrade se afaste por duas ou três sessões e, então, um dos dois vice-presidente autorize o processo. O primeiro-vice é Cleiton Cardoso (PTC), que estava na reunião, e o segundo vice é ninguém menos que Léo Barbosa (SD), filho do governador Wanderlei.
Impeachment e não CPI
O formato deve ser mesmo um pedido de impeachment e não uma CPI. Júnior Geo, que estava na reunião, sugeriu que se aproveitasse o pedido de CPI que ele protocolou e que até agora só foi assinado por Elenil da Penha (MDB). No entanto, não houve resposta.
Pedidos de impeachment
Pedido de impeachment já há o do presidente do Sindicato dos Servidores do Estado (Sisepe), Cleiton Pinheiro, cuja argumentação terá que ser estudada. Há expectativa de que uma importante instituição da sociedade também apresente outro pedido.
Até semana que vem
Os deputados que defendem a proposta querem que ela comece a ser executada imediatamente. Até semana que vem.