A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou nesta segunda-feira, 18, um mapeamento da cobertura vacinal dos 20 imunizantes disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2021. O estudo mostra que a meta de imunização nacional está abaixo de 70% em quase todos os índices. Nenhuma atingiu 80% de cobertura. A vacina de Influenza (gripe) foi a única que esteve acima dos 70% de cobertura em todas as regiões, mas a meta é de 90%. Outro exemplo apresentado pelo estudo da CNM é o da imunização contra tuberculose, a BCG, que o patamar deveria ser de 95% e está em torno de 64%.
Outras imunizações
As crianças de até quatro anos devem ser imunizadas contra Poliomielite. A meta é de 95%, mas a cobertura está abaixo de 50%. Dos casos alarmantes, a aplicação da primeira dose da tríplice viral, que deveria estar no patamar de 95%, está em 55,13%. Quando se trata da segunda dose, o ideal de 95% não chega a 48%. Recomendada para crianças de até 30 dias, a meta de aplicação da vacina contra Hepatite B é de 95%, mas está em torno de 58%.
Pandemia afetou
Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o problema já era visto antes mesmo da pandemia, mas o calendário nacional também foi afetado pelo coronavírus. “Sabemos que entre 1990 e 2015, o patamar de imunização variou entre 90% e 95%. O Brasil até recebeu a certificação de País livre da circulação do sarampo em 2016. Infelizmente, esse título pode ser perdido a qualquer momento, por conta da baixa cobertura ao longo dos dois últimos anos. Isso é um grave problema para nosso país”, alerta.