A Polícia Federal voltou às ruas nesta quarta-feira, 22, e no alvo um suposto esquema de R$ 90 milhões que seriam resultado de superfaturamento na compra de insumos e prestação de serviços nos Hospital Estadual de Combate à Covid-19, Hospital Geral de Palmas (HGP) e Hospital Regional de Gurupi (HRG), administrados por uma organização social.
7 mandatos de busca e apreensão
A Operação Ophiocordyceps conta com 25 policiais federais, que cumprem sete mandados de busca e apreensão em Brasília, Belém, Goiânia e São Paulo, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins. A apuração do esquema tem como base uma nota técnica da Controladoria Geral da União (CGU), referente a 2020 e 2021, portanto, ainda na gestão do ex-governador Mauro Carlesse (Agir).
O esquema
O suposto esquema envolveria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviço não prestado ou pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada localizadas em outros Estados da federação. A ação teria a participação de agentes públicos e empresário vinculados à organização social.
Identificar as pessoas
A operação tem por objeto identificar todas as pessoas que participaram, colher mais elementos probatórios dos fatos e recuperar os recursos.
Fungo
O nome “Ophiocordyceps” se refere a um fungo parasitário que controla o sistema nervoso de insetos. “Remete à forma como o sistema de combate à covid-19 no Estado do Tocantins teria sido dominado pela suposta organização criminosa”, afirma a PF em comunicado à imprensa.