O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 23, que já conseguiu o número mínimo de assinaturas de senadores necessárias para a criação da CPI do MEC. Para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito no Senado, é necessário o apoio de pelo menos 27 senadores. Randolfe disse que já tem 28 assinaturas. Além disso, ele afirmou que espera conseguir mais apoios nos próximos dias. “Não protocolaremos ainda no dia de hoje [quinta-feira] esse requerimento de comissão parlamentar de inquérito. Aguardaremos pelo menos até a próxima terça-feira”, afirmou Randolfe, acrescentando que fará isso para garantir que não haja risco de “derrubada” do requerimento.
Instalada ainda neste semestre
Para o senador, é possível que a CPI seja instalada ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar, que come em julho. Mas ele reconheceu que os trabalhos de investigação só devem se iniciar em agosto, após o recesso. “Há alguma dúvida de que houve um esquema tenebroso de tráfico de influência no âmbito do Ministério da Educação?”, questionou Randolfe ao defender que a CPI, se instalada, investigue não só as denúncias contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, mas também as suspeitas de irregularidades no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Presos e já soltos
O ex-ministro e os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura foram presos nessa quarta-feira, 22, pela Polícia Federal (PF) no âmbito de uma operação que investiga corrupção e tráfico de influência dentro da pasta. Os três foram soltos nesta quinta, 23, por decisão do desembargador Ney Bello, que atendeu a um pedido da defesa do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro. (Com informações da Agência Senado)