A agenda da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, em Palmas nesta quarta-feira, 29, teve como principal compromisso o primeiro encontro da federação “Brasil Esperança” no Tocantins. O evento foi no auditório da Assembleia Legislativa (Aleto) e contou com a presença dos dirigentes tocantinenses das siglas que compõem a frente, os deputados estaduais Zé Roberto (PT) e Ivory de Lira (PCdoB) e Marcelo Lelis (PV). Representantes tocantinenses de siglas nacionalmente aliadas aos petistas, mas que no Estado não definiram composição também compareceram, como Fábio Ribeiro (Rede Sustentabilidade) e Rogério Xerente (Psol).
Partidos ainda podem conversar sobre apoio a Mourão
Com os dirigentes estaduais de quatro dos seis partidos aliados nacionalmente com os petistas – faltaram o Solidariedade (SD) e Partido Socialista Brasileiro (PSB), este aliado no Tocantins ao projeto de Osires Damaso (PSC) ao Palácio Araguaia -, o discurso de Gleisi Hoffmann teve como destaque a defesa da união destas siglas no Estado em prol da pré-candidatura a governador de Paulo Mourão (PT). “Estes partidos somam em nível nacional o movimento ‘Vamos Juntos pelo Brasil’. […] Este movimento tem como foco principal resgate da democracia, soberania e dos direitos mais básicos e elementares que foram roubados pelo governo de plantão. E tenho certeza que estes companheiros destes partidos aqui no Tocantins sentarão em torno de uma mesa para dialogar, conversar, e juntos seguir emanados por Lula [da Silva, PT], por Paulo [Mourão], e por um Tocantins cada vez melhor”, afirmou.
Vamos buscar o convencimento
Apesar de federados, a direção estadual do PV não esconde a proximidade com o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e o PCdoB tem a liderança do Palácio Araguaia na Assembleia, enquanto as demais siglas ainda não bateram o martelo sobre aliar-se aos petistas no Tocantins. Gleisi Hoffmann demonstrou ter consciência deste cenário, mas adotou um tom otimista. “Respeito as posições divergentes. Nós estamos em uma democracia e não somos a turma do Bolsonaro que não tem tolerância e não respeita. Mas isto não quer dizer que a gente não vai para o convencimento, porque política é convencimento, articulação e conversa”, disse a também deputada federal, contextualizando com o cenário nacional, citando até a vaga de vice de Lula, que ficou com o antigo adversário Geraldo Alckmin (PSB). “É possível aqueles que tem divergência se unirem para vencer os antagônicos. Queria dizer aos companheiros que estão aqui, dos partidos que formam nosso movimento, que para nós é um orgulho ter o Paulo como pré-candidato. […] Nós vamos conversar muito com a companheirada daqui. O que eu puder fazer, vou ajudar para a gente chegar a uma unidade”, garantiu a presidente petista ao pré-candidato a governador.
Bolsonaro sabe que vai perder e está desesperado
Críticas à administração do presidente Jair Bolsonaro (PL) não faltaram no discurso de Gleisi Hoffmann, projeto que afirma ter aberto “as portas do inferno para o povo brasileiro”. Entretanto, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores já prevê a derrota do liberal. “Bolsonaro vai perder as eleições, gente. E está desesperado por isso. Agora fica arrumando aumento do auxílio e não resolve o problema que tem que resolver. E agora fica falando besteira, que vai dar golpe. Vai nada. Quem vai dar golpe é povo brasileiro, que vai tirar ele de lá”, disparou a petista, que pediu o apoio da militância para “garantir que a eleição termine o mais cedo possível”.