A deputada estadual Amália Santana (PT) recorreu à direção nacional do Partido dos Trabalhadores para garantir a possibilidade de disputar a reeleição em outubro. A parlamentar foi excluída da nominata da sigla após declarar apoio ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), apesar da existência da pré-candidatura de Paulo Mourão (PT) ao Palácio Araguaia.
Sem certeza da candidatura de Paulo Mourão
Entre as justificativas, Amália Santana alega não ter certeza do projeto de Paulo Mourão ao governo, citando a falta de deliberações oficiais neste sentido. “A recorrente não estava certa da possível candidatura a governador de Paulo Mourão, uma vez que não havia convenção ou encontro de tática eleitoral para confirmação da candidatura. Portanto, não há infidelidade partidária por discordância de pré-candidatura. Caso ocorra a confirmação da candidatura de Paulo Mourão ao governo, a recorrente irá apoiá-lo com convicção e destemor como foram seus 40 anos filiada”, garante a petista.
Lavajatismo cultural
Em outra frente, a deputada estadual alega que a reunião do Grupo de Táticas Eleitorais (GTE) que definiu por retirá-la da nominata de pré-candidatos deve ser anulada por ausência de quórum, além da falta de impugnação prévia e da garantia ao contraditório. “Ignorou as normas estatutárias e realizou um procedimento sumário, instantâneo, eivado do que existe de pior do lavajatismo cultural que contaminou as instituições jurídicas do país. Assim, de forma vil e ardilosa, sem contar com a presença da recorrente, o presidente, deputado José Roberto, apresentou oralmente a impugnação da candidatura. Poucos minutos após, o evento deliberou pela sua exclusão, sem quórum para a deliberação e sem garantia de defesa, pois segundo a ata, participaram da decisão 62 delegados, bem abaixo do quórum de 70 delegados”, resume Amália Santana.