Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira, 14, a senadora Kátia Abreu (Progressistas) fez um balanço sobre o processo que foi alinhar a pauta ambientalista com a do agronegócio. A pré-candidata à reeleição narra que o debate sobre os impactos no meio ambiente surgiu em um momento em que os produtores rurais, no fim dos 1970, estavam no ápice. “Ficamos bonito na foto, começamos a exportar comida. Então, a gente era o máximo. Estávamos cumprindo com nossa obrigação de heróis da pátria, produzindo alimentos para o brasileiro. Aí veio a corrente ambientalista, da destruição do meio ambiente. Aquilo foi um choque de realidade tão grande. Quando fomos atacados, veio a reação contra e eu junto liderando”, conta.
Arrefecimento do radicalismo
Kátia conta que os produtores rurais começaram a vencer todos os embates diante da opinião pública e do cenário internacional. “Se estamos perdendo todas, é porque estamos errando de alguma forma. Ou na comunicação, na narrativa”, pontuou a senadora, que revela ter começado a estudar sobre o tema, entender o que era “fato” ou “fake” [falso], o que era “essencial” ou “exagero”. Então presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), a congressista afirma que passou a conscientizar a classe e considera ter sido bem-sucedida. “Aquele radicalismo consegui arrefecer. Aprender uma narrativa diferente, menos truculenta, menos brava. Quem cavalga a razão não precisa de espora”, avalia.
Bolsonaro acirrou
A senadora também lamentou a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), porque fez “cair tudo” que tinha construído, reacender algo que estava “acalmado”. Kátia considera que as “atitudes permissivas” da atual gestão prejudicam o agronegócio. “Não é fazer bonito para ONG, de fato dá prejuízo econômico”, comentou.
Questão ambiental é universal
Kátia conclui o vídeo com um comentário sobre a mudança de postura que teve ao longo dos anos. “Um dia um ruralista muito duro da Câmara disse: ‘Kátia mudou de camisa’. Não! Mudei de estratégia porque não gosto de perder. A gente está nesta vida para ganhar e só se ganha com razão, na truculência, não. A gente só ganha mediando, negociando e compreendendo. Vai remar contra a maré? Hoje a questão ambiental é universal, da humanidade”, defendeu.
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