Na contramão do cenário nacional, o Tocantins registrou saldo positivo com 3.759 vagas criadas em 2017. No Brasil, o déficit superou os 20 mil postos de trabalho com carteira assinada. O cálculo é feito a partir da diferença entre as admissões e os desligamentos realizados de janeiro a dezembro do ano passado, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira, 26.
Ao todo, foram 69.710 contratações e 65.951 demissões no Tocantins, nos oito setores pesquisados: extrativismo mineral, indústria de transformação, serviço industrial de utilidade pública, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária.
As maiores diferenças entre admissão e demissão foram registradas nos municípios de Araguaína, com 1.302 vagas, sendo que deste total 96% dos empregos foram criados no setor de serviços. Com esse resultado, a cidade ficou entre as 50 do país que mais criaram vagas formais. Em seguida vem Arraias, com 482 vagas (53% também do setor de serviços); Paraíso do Tocantins, com 419 vagas; e Palmas, com 384 postos de trabalho.
Admissões e demissões
No Tocantins, o setor de serviços registrou 20.829 contratações e deu baixa em 19.527 carteiras de trabalho. Já o comércio contratou 19.878 e demitiu 18.897. Juntos, os setores são responsáveis por mais de 60% das vagas criadas em 2017.
No país, foram realizadas 14.635.899 contratações e 14.656.731 demissões em 2017. Esse foi o terceiro ano consecutivo de saldo negativo. Entre os setores que mais contrataram estão: comércio, com 40.087 vagas formais, agropecuária, com 37.004 e serviços, com 36.945 empregos.
O Centro-Oeste e o Sul do país apresentaram saldo positivo de emprego, da ordem de 36.823 e 33.395 vagas, respectivamente, ante resultados negativos de 66.410, em 2016, e 64.887, em 2015, no Centro-Oeste e 147.191 em 2016 e 229.042 em 2015 no Sul.
Já as demais regiões do Brasil apresentaram saldo negativo, sendo o Sudeste com 76.600 postos, o Nordeste com 14.424 vagas e o Norte com 26 vagas. Nos anos de 2016 e 2015, os saldos negativos foram de 791.309 e 892.689, no Sudeste; 242.659 e 251.260 no Nordeste e 78.989 e 97.111 no Norte.
Para o Ministério do Trabalho, o resultado de 2017 significa estabilidade do emprego no país. (Com informações da Ascom do Sistema Fecomércio)