A trágica e precoce morte do ex-deputado federal Júnior Coimbra, aos 53 anos, tira do Estado um ser humano afável, humilde, solidário e bom de voto. Sempre brincava ao encontrá-lo que ele era o jornalista — sua formação — mais bem-sucedido do Tocantins, com o que ria muito.
[bs-quote quote=”Para além da esfera política, perdemos o amigo de todos nós, que sempre fazia questão de se sentar em nossa mesa nos casuais encontros em eventos sociais, mesmo que por alguns minutos, para dar o abraço, saber como estamos, especular sobre o quadro político e trocar histórias sérias e engraçadas” style=”default” align=”left” color=”#ffffff” author_name=”Cleber Toledo” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
A meus amigos afirmei várias vezes que Coimbra conquistaria fácil uma vaga de deputado estadual. Era eleitoralmente muito forte, com estreitas relações em todo o Estado, querido por onde quer que ia. Por isso, se transformou numa figura fundamental para a estratégia da campanha a governador do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB).
A força eleitoral de Coimbra pôde ser vista num fato histórico recente: a “guerra” contra os “Autênticos” na pré-campanha de 2014, quando o ex-deputado enfrentou o grupo do ex-governador Marcelo Miranda e da senadora Kátia Abreu pelo comando do MDB regional.
Então presidente do partido, Coimbra mostrou exímia habilidade política ao formar os diretórios e comissões municipais e integrá-los ao seu projeto de ser candidato a governador. O MDB estava tão amarrado com ele em todos os quadrantes do Tocantins que, para garantir legenda nas eleições a Marcelo e Kátia, de governador e senadora, respectivamente, a executiva nacional precisou destituir grande parte dos diretórios municipais e promover uma indigesta intervenção na executiva regional.
Depois Coimbra teve que superar a tentativa de impedi-lo de disputar a reeleição para deputado federal. Candidato, se deu com os adversários internos agindo por todos os meios para tirar-lhe o mandato.
Conseguiram, mas, mesmo com todos esses percalços, Coimbra alcançou incríveis 43.270 votos, ficando como primeiro suplente do MDB, com desempenho superior ao dos eleitos Dorinha Rezende (DEM), com 41.802 votos, e Lázaro Botelho (PP), com 42.935 votos.
Para além da esfera política, perdemos o amigo de todos nós, que sempre fazia questão de se sentar em nossa mesa nos casuais encontros em eventos sociais, mesmo que por alguns minutos, para dar o abraço, saber como estamos, especular sobre o quadro político e trocar histórias sérias e engraçadas.
Nossos sentimentos, carinho e abraço fraternal à vereadora Laudecy Coimbra, filhos e neto. Júnior Coimbra deixará um vazio imenso em vocês e em todo o Tocantins. Mas ficam as lições de um homem simples, humilde e solidário, que conquistou o amor de todos nós e jamais será esquecido.
Vá com Deus, querido amigo.
CT, Palmas, 27 de abril de 2018.