O ex-governador Marcelo Miranda (MDB), candidato a deputado estadual, e a deputada federal Dulce Miranda (MDB), candidata à reeleição, serão apresentados logo mais às 17 horas, no Spazio Bella Data, em Palmas, como os novos reforços da campanha da senadora Kátia Abreu (Progressistas). Esta é uma aliança até agora vista como a mais impossível do Tocantins.
ALIADOS CONTRA A UT
Kátia e Marcelo foram aliados importantes desde o rompimento da União do Tocantins, em 2005, quando a então deputada federal tirou o único partido que deixou o grupo do ex-governador Siqueira Campos na época, o PFL. Eleita senadora em 2006, Kátia foi aos poucos se afastando de Marcelo e em 2010 apoiou a eleição do seu ex-adversário Siqueira Campos.
LUTA PELO MDB
No entanto, também se afastou de Siqueira no decorrer do mandato e voltou a se aliar a Marcelo na luta do ex-governador pelo comando do MDB contra o então deputado federal Júnior Coimbra. Com Marcelo governador, Kátia disputou a reeleição ao Senado em 2014 e saiu vitoriosa com uma margem ínfima em relação ao seu adversário na época, o então deputado federal Eduardo Gomes.
ÁSPERA BRIGA
Após a vitória, já próximo da posse do novo governador, no final de dezembro de 2014, Kátia, descontente por não ter conquistado o espaço que esperava na nova gestão, teve uma áspera briga com Marcelo na residência dele, em Palmas, com gritos e palavrões.
EXPULSA DO MDB
A partir daí, Marcelo e Kátia travaram uma dura disputa pelo comando do MDB, partido pelo qual a senadora se elegeu em 2014. Ao final, foi aberto pela direção nacional do partido um processo de expulsão contra a parlamentar por conta das posições dela contra o governador do Tocantins e também contra integrantes da executiva nacional da legenda. Kátia acabou realmente sendo expulsa do MDB.
RECUSOU WANDERLEI POR CAUSA DE KÁTIA
Neste ano Marcelo se recusou a qualquer composição com o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), apesar da boa relação que mantém com ele, justamente pela presença de Kátia na base palaciana. Nos bastidores, se dizia que até a vaga de vice teria sido oferecida à deputada Dulce Miranda. No entanto o ex-governador recusou qualquer possibilidade de aliança com Wanderlei por causa da senadora, e decidiu, assim, apoiar a candidatura de Ronaldo Dimas (PL).