O Ministério da Defesa encaminhou nesta quarta-feira, 9, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório produzido pelas Forças Armadas sobre as eleições realizadas no Brasil no primeiro e no segundo turno de 2022 e o documento não apontou nenhuma fraude, chegando à mesma contagem de votos que o TSE.
O relatório aponta sugestões para aperfeiçoamento do sistema, como na questão da biometria, mas informa que não houve uma irregularidade sequer encontrada em sua fiscalização.
Após o envio, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, publicou uma nota oficial e confirmou que “assim como todas as demais entidades fiscalizadoras”, o documento “não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.
Moraes ainda aponta que as sugestões serão “oportunamente analisadas” e ressaltou o “orgulho” pelo sistema eleitoral.
“O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos”, finaliza o presidente do TSE.
O relatório das Forças Armadas foi um dos pedidos do atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas no último dia 30 de outubro por seu rival Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as teorias da conspiração mais ventiladas, inclusive pelo mandatário em uma reunião com embaixadores, havia a tese de que as urnas eletrônicas poderiam ser hackeadas, violando o processo eleitoral. No entanto, desde que começaram a ser usadas no país, em 1996, nunca houve registros de fraudes.