Membro da equipe de transição do presidente da República eleito, Lula da Silva (PT), a senadora Kátia Abreu (Progressistas) defendeu em entrevista concedida na sexta-feira, 18, à Agência DW, e repercutida pela Ecoa, do UOL, o fim dos desmatamentos na Amazônia. “Conservador ou não, não pode desmatar, […] E eles [produtores] vão ter que se conformar com isso e obedecer a lei que os próprios brasileiros aprovaram no Congresso Nacional”, afirmou.
MEIO AMBIENTE, O SOCIAL E A ECONOMIA NÃO SÃO INCOMPATÍVEIS
A tocantinense defendeu a necessidade de alinhar a questão ambiental, social e econômica. “Não há vida sem a natureza, sem o meio ambiente preservado, mas não há vida sem comida. E não há vida sem gente. Uma das preocupações enormes durante essa eleição foi justamente esses três pilares que estavam desequilibrados, caindo, ruindo, e isso estava trazendo muita tristeza para o Brasil”, disse Kátia Abreu, que argumenta que estas frentes “podem caminhar juntas”. “Um não é incompatível com o outro”, pontua.
COLABORAÇÃO SEM INTERESSESA senadora também abordou a questão política da transição e, na entrevista, descartou um retorno ao Ministério da Agricultura. “Não estou cogitando isso. Inclusive cogito até ir para a iniciativa privada. Estou colaborando com o presidente [eleito] Lula [da Silva, PT] no que for preciso desinteressadamente”, afirmou. Kátia Abreu ainda avaliou que o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), é “uma pessoa isolada”. “Ele mesmo se isolou do Brasil e do mundo hoje”, emendou.