FATURA NÃO ESTÁ LIQUIDADA NA ALETO
O grupo do deputado estadual Cleiton Cardoso (Republicanos) garante que a fatura não está liquidada na disputa pela presidência da Assembleia. Ou seja, os aliados do parlamentar têm certeza de que o deputado Amélio Cayres (Republicanos) não conta com maioria tranquila para vencer a eleição do dia 1º de fevereiro, como afirma. Enquanto correligionários de Amélio garantem que ele teria 16 ou até 17 votos, os defensores de Cleiton falam num placar de 12 a 12.
MANTOAN EQUILIBROU
Segundos esses aliados do deputado, Amélio vinha vencendo por apenas dois votos de frente, 13 a 11, mas o empate ocorreu com a chegada do novato Eduardo Mantoan (PSDB). Aí coisa embolou nos 12 para cada lado. A coluna falou com assessoria de Mantoan, que informou que o parlamentar está no Paraná, por questões de saúde na família, e que só decidirá sua posição quando retornar.
TENTÁCULOS NA CÂMARA
De toda forma, o grupo de Cleiton coloca uma questão pragmática que teria contribuído para atrair o voto de Mantoan. É que o pré-candidato a presidente e um de seus eleitores na Assembleia têm tentáculos na Câmara de Palmas: Pedro Cardoso (UB) é filho de Cleiton e Márcio Reis (UB), esposo da deputada Vanda Monteiro (UB). E ambos os vereadores estão entre os mais fiéis a Cinthia Ribeiro (PSDB). Assim, argumentaram até para a prefeita, não faz sentido que Mantoan se coloque contra a candidatura apoiada pelos dois aliados dela da base. Os companheiros de Cleiton dizem que outros fatores pesaram para conquistar o tucano, mas asseguram que esse argumento fez efeito.
EM CONVERSA COM WANDERLEI
Cleiton Cardoso ainda estaria em permanente conversa com o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), como faz também seu adversário Amélio.
CLEITON E DERTINS, PARCEIROS
As fontes do grupo de Cleiton também contam que ele atua em conjunto com outro pré-candidato que não desistiu, Eduardo do Dertins (Cidadania). Conforme o cenário, o parlamentar do Republicanos poderá até abrir para Dertins e vice-versa. No frigir dos ovos, os aliados de Cleiton garantem: o jogo não está jogado, nem vencido, e muita coisa ocorrerá até o dia 1º.
RELAÇÃO COM PROCESSO ELEITORAL
Por falar em Mantoan, fonte do município contou à coluna que um dos motivos que pesaram para a saída da professora Cleizenir Divina dos Santos do comando da Secretaria da Educação de Palmas (Semed) tem relação com o processo eleitoral de outubro. Segundo essa fonte entranhada no Paço, a ex-secretária, indicação e aliada da senadora eleita Dorinha Seabra Rezende (UB), ficou sem chão quando Cinthia resolveu apoiar a reeleição da senadora Kátia Abreu (PP). Contudo, não agiu conforme a decisão da prefeita e não fez movimentos em prol da candidatura de Kátia e Mantoan.
ALTO POTENCIAL ELEITORAL
Como Cinthia ainda não conhecia profundamente a estrutura educação, coube a Cleizenir a indicação de 35 a 40 diretores de escola municipal de um total de 72, que, claro, a tinham como referência política, numa pasta que conta com mais de 4 mil dos 12 mil servidores do município, dos quais mais de 1,8 mil são contratos. Ou seja, é uma secretaria de alto potencial eleitoral.
SEM REUNIÃO
A fonte contou que a educação, por exemplo, não fez nenhuma grande reunião para Kátia e Mantoan, como promoveram outras pastas. Quando percebeu que a principal pasta da máquina estava quase de braços cruzados, cerca de 20 dias antes das eleições, Kátia chegou a organizar uma reunião em sua casa com a educação, da qual cerca de 25 diretores não foram.
NA CASCA
O resultado disso foi o baixo desempenho de Mantoan e Kátia em Palmas. O deputado foi eleito na casca, com 9.135 votos da Capital, apesar de toda a estrutura que tinha em mãos. A título de comparação, a deputada eleita Janad Valcari (PL) obteve 13.444 votos dos palmenses, 4.309 a mais que o esposo da prefeita, ou 47,2% de vantagem.
VANTAGEM DE 477% PARA DORINHA
A diferença de Dorinha sobre Kátia foi ainda mais gritante em Palmas: 72.268 a 12.510, ou 477,7%, um vantagem de 59.758 votos de uma sobre a outra. Claro que não foi só por essa questão, mas a fonte diz que internamente foi considerado como um dos motivos de Kátia e Mantoan não terem deslanchado na Capital em outubro.
A QUESTÃO É O BOLSO
Um profundo conhecedor do turismo no Jalapão disse à coluna que, para ele, não é verdade que a queda de 13,8% de visitas ao principal atrativo do Estado em 2022 se deve à pandemia da Covid-19, como alega o Naturatins. O especialista avaliou que o problema não está no corpo do turista, mas no bolso. Ou seja, o preço que está muito elevado. Nos fervedouros, por exemplo, ele contou que cobram R$ 50 por pessoa. “Até as dunas o governo está cobrando através da Naturatins”, afirmou, lembrando que quem frequenta é a classe média e ela não está dando conta de pagar.
BOLSONARISTA RAIZ NA POSSE MINISTRO DE LULA
Bolsonarista raiz, o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Beto Lima, acompanhou o vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira (PDT), a Brasília nessa quarta-feira, 4, para prestigiar a cerimônia de posse do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do governo Lula. Beto é da ala extremamente bolsonarista do governo Wanderlei, que conta também com representantes do campo progressista, favorável ao presidente petista.
14º NA EDUCAÇÃO
O prefeito de Wanderlândia, Djalma Júnior (PSC), como fez também em 2022, pagou na sexta-feira, 30, R$ 194 mil de abono salarial aos profissionais da Educação, uma espécie de 14º salário para a categoria. Tudo indica que é o único caso do Estado.
FORA DA BASE
O vereador Sírio Ferreira Cabeleireiro (SD) anunciou em nota nessa terça-feira, 3, que deixou a base de sustentação na Câmara da prefeita de Miracema, Camila Fernandes (MDB). Segundo o parlamentar, desde que votou no oposicionista Agenor Alves (SD) para presidente da Casa, o vencedor da disputa, a prefeita tem “demonstrado claramente comportamento indiferente” a ele. Sírio se diz perseguido e, por isso, vai compor a oposição no Legislativo.
7 a 4 PARA A OPOSIÇÃO
Conforme a coluna apurou, os três vereadores da base que votaram em Agenor – Sírio, Cirilo Douglas (PP) e Branquinho (PP) – tiveram exonerados os contratos que indicaram no município. Assim, a oposição comemora ter passado a sete membros na Câmara contra quatro que permanecem fiéis a Camila.