O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou em solenidade nesta terça-feira, 27, o Plano Safra do biênio (2023/2024). O governador em exercício, Laurez Moreira (PDT), participou do evento, acompanhado pelos secretários da Agricultura e Pecuária do Tocantins, Jaime Café; dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins, Narubia Werreira; e de Representação em Brasília, Carlos Manzini.
LINHAS DE CRÉDITO
O Plano Safra é um programa do governo federal, criado em 2003, que direciona recursos públicos para financiar as atividades de pequenos, médios e grandes produtores do País. O programa disponibiliza linhas de crédito em duas categorias: custeio e investimento. Cada edição do Plano Safra é executada entre 1° de julho e 30 de junho do ano seguinte, acompanhando o ciclo anual da maioria das commodities cultivadas no país.
MAIS DE R$ 350 BILHÕES
Para a Safra, serão disponibilizados R$ 364,22 bilhões, um crescimento de 27% em relação ao período anterior (2022/2023). Laurez Moreira avalia que o governo federal está atendendo os anseios dos produtores. “O governo entendeu a importância de fortalecer uma das principais bases do desenvolvimento do País, que são a agricultura e a pecuária. O Plano Safra vem ao encontro dos anseios dos produtores por um maior volume de capital oferecido e juros mais baixos. Não tenho dúvida de que esse é o caminho para o Brasil e o Tocantins continuarem crescendo”, afirmou.
NÃO PRECISAMOS DESMATAR PARA CRIAR E PLANTAR MAIS
O Plano Safra oferecerá crédito com uma redução de 5% na taxa de juros para produtores que possuam o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado e para os que utilizem práticas de produção agropecuária consideradas mais sustentáveis. O presidente Lula da Silva (PT) defendeu a importância do agro para combater o desmatamento. “Nós não precisamos desmatar nada para criar mais gado e para plantar mais soja. Nós temos possibilidade de recuperar milhões de hectares de terra degradadas que esse país tem”, afirmou, que também fez menção às questões climáticas. “A questão de não desmatar, seja o Cerrado, seja o Pantanal, seja a Amazônia, é por uma questão de garantia desse país e da qualidade do ar do planeta em que nós queremos viver”, ressaltou.
CONVERSÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PARA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
Secretário da Agricultura e Pecuária do Tocantins, Jaime Café, acredita que essa é uma oportunidade para o aumento da conversão de áreas degradadas em áreas de produção sustentável. “Percebemos que houve um esforço maior do que em anos anteriores para estimular ainda mais as práticas de preservação ambiental, o que vai refletir bastante no crescimento da produção sustentável em áreas degradadas. Temos uma expectativa muito boa para o Plano Safra deste período”, enfatizou.