A Polícia Federal deflagrou a 14ª fase da Operação Lesa Pátria nesta quinta-feira, 17, para identificar aqueles que incitaram, participaram e fomentaram a depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro. Além de 16 mandados de busca e apreensão, os agentes cumpriram com a prisão preventiva de dez pessoas, entre elas está a cantora gospel tocantinense Fernanda Ôliver. Natural de Araguaçu e hoje morando em Goiânia, a artista tem quase 140 mil seguidores no Instagram. É dela a música batizada de “Hino das Manifestações” pelos golpistas.
FESTA DA SELMA
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo. Os alvos desta fase são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões.
AÇÃO COORDENADA E INSTRUÍDA
O termo “Festa da Selma” foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Conforme a Polícia Federal, o grupo recomendava ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como “guerra”, “ocupar o Congresso” e “derrubar o governo constituído”.