Deflagrada no dia 21 de agosto, a Operação Shamar chegou a 24 prisões em flagrante por violência doméstica e familiar contra a mulher. A ação envolve as forças de segurança do Tocantins e segue até a próxima quinta-feira, 15, em todo o Tocantins, como o principal objetivo de combater o feminicídio Além das prisões, nesses primeiros dez dias de atuação foram emitidas 69 medidas protetivas de urgência e instaurados 102 novos inquéritos. Outros 49 inquéritos policiais foram concluídos e remetidos à justiça, 44 apenas na regional de Araguaína.
CONSCIENTIZAÇÃO
Trabalhando a frente da conscientização para a não violência, a Operação Shamar, ainda tem levado informações para os tocantinenses por meio de palestras, ao todo foram 61 palestras realizadas, inclusive em aldeias indígenas em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O ciclo de palestras nas aldeias indígenas teve início pelos povos da etnia Xerente, em Tocantínia. As etnias Krahô, em Itacajá, e Karajá, em Lagoa da Confusão, também receberam as palestras da Operação Shamar.
INFORMAÇÃO
O secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Mota Oliveira, destacou o trabalho realizado pelas forças de segurança até o momento e reforçou a necessidade das ações. “Ao mesmo tempo que ficamos felizes por conseguir atender essas vítimas, ficamos tristes por ver que a questão da violência doméstica no Tocantins ainda é tão presente. Por isso, além dos serviços de polícia judiciária, nós estamos levando para as famílias tocantinenses, em especial as mulheres, informação sobre os tipos de violência, a rede de apoio que ela dispõe e os meios de denunciar”, finalizou.
INTEGRAÇÃO ENTRE FORÇAS
O Comandante-Geral da Polícia Militar do Tocantins, Coronel Márcio Antônio Barbosa, reforçou a integração entre as forças. “A Operação Shamar é de suma importância para a segurança das mulheres em nosso estado. Já se passaram 10 dias da Operação e os resultados são positivos. As mulheres estão sendo conscientizadas de que elas têm uma rede de proteção, para acolhimento, para apoio. Elas não estão sozinhas. Isso é muito importante, porque percebemos que as mulheres estão recorrendo aos órgãos competentes para denúncia, quando necessário, e isso se deve a integração entre as forças de segurança”, pontuou.