A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou superfaturamento em contrato do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) firmado com a organização não-governamental Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura, Esporte e Educação (Idecace) em 2022, na gestão da agora senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O relatório vê prejuízos de R$ 1,2 milhão nas aquisições de material esportivo realizadas entre fevereiro e agosto do ano passado. A informação é d’O Globo. O convênio com a ONG Idecace foi fechado em 2021, ainda no mandato de Jair Bolsonaro (PL), mas a parceria com a União segue ativa no governo Lula da Silva (PT). O acordo tem valor total de R$ 19,2 milhões.
TOCANTINS FOI O DESTINO
Conforme o veículo carioca, a auditoria do CGU aponta que todo o material adquirido – bolas de basquete, futsal, redes e apitos – foi destinado ao Tocantins. Entretanto, dos 161 locais beneficiados no Estado, menos da metade conta com quadra esportiva, sendo citada a Escola Marcella Couto Cabral, em Barrolândia, como exemplo. Ao Globo, Damares Alves garantiu ter “exaustiva documentação que demonstra a sua absoluta lisura” e ainda reforçou que parte do investimento foi oriundo de emenda da bancada tocantinense. “Esse tipo de verba é impositiva, ou seja, o governo é obrigado a executar. Não eram, portanto, recursos próprios do ministério. Tão logo foram levantadas suspeitas sobre este contrato, a pasta imediatamente parou de pagar”, defendeu-se.