A Procuradoria Jurídica de Caseara enviou material à imprensa nesta quinta-feira, 14, para comentar a situação do município após a Operação Najas, que afastou a prefeita Ildislene Santana (UB), o vice-prefeito Francisco Neto, o Didi (PRD); o presidente da Câmara de Vereadores, Cleber Cavalcante (UB), além de secretários. “A máquina administrativa está paralisada”, relata.
COLETORIA FECHADA DESDE A OPERAÇÃO
Um dos principais problemas relatados pela Procuradoria Jurídica é relacionado à geração de receita, visto que agente efetiva de arrecadação tributária está entre os afastados. “Desde 5 de dezembro, a coletoria municipal está fechada, sem emitir documentos de arrecadação (DUAMS), sem receber impostos municipais, gerando omissão de receita, em um período que precisa arrecadar para pagar décimo terceiro, rescisões, fornecedores”, ilustra.
SEM ACESSO ÀS CONTAS
A Procuradoria de Caseara também aponta que outro “grave transtorno” é o acesso às contas bancárias. O novo gestor interino ainda não concluiu o cadastro junto às instituições financeiras. “Com isso, a folha de pagamento dos servidores da saúde, referente ao mês de novembro, que vencia dia 11/12, está atrasada. Inúmeros servidores estão sem receber seus vencimentos, sem que nada fizessem para passar por este transtorno.
IMPACTO INDIRETO
Por fim, a Procuradoria lamenta a atual situação do município. “Enquanto o inquérito corre perante a justiça, diversos servidores, fornecedores, prestadores de serviço sofrem de forma indireta com a situação, sem ter uma definição de quando ocorrerá uma estabilidade em Caseara, e normalizar a rotina administrativa e financeira da máquina pública”, encerra.
ENTENDA
A Polícia Civil (PC) deflagrou em 5 de dezembro a Operação Najas, com o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, 15 mandados de afastamento de função pública, e 20 medidas cautelares contra gestores públicos e empresas de Caseara. A 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado investiga irregularidades em contratos de locação de veículos entre 2016 e 2020, como fraude em licitações, desvio de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica, e demais crimes contra a administração pública. A empresa teria movimentado mais de R$ 23 milhões no período.