O governo estadual lançou nesta quinta-feira, 13, o projeto “Poder Afro de Combate ao Racismo nas Escolas Estaduais”. O Poder Executivo afirmou que serão investidos R$ 20 milhões em formação de servidores e em material estruturado para mais de 60 mil estudantes de todo o território tocantinense com o objetivo de construir uma rede de ensino antirracista. O secretário estadual da Educação (Seduc), Fábio Vaz, disse que o programa pretende abranger ainda 5,4 mil professores e 325 escolas nos 139 municípios. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 76,6% da população tocantinense se declara negra ou parda, colocando o Estado como o nono no ranking brasileiro.
PROGRAMA PIONEIRO
Fábio Vaz fez uma apresentação do programa na cerimônia realizada no auditório do Palácio Araguaia. “O Poder Afro é uma resposta do governo à demanda da comunidade negra e foi criado com o propósito de transformar os espaços educacionais em ambientes de combate ao racismo e valorização da história e da cultura negra. Temos um governador negro, que tem trabalhado para que o Tocantins seja um estado antirracista. Pela primeira vez temos uma secretaria dos Povos Originários e Tradicionais e hoje lançamos o Poder Afro, esse programa pioneiro que veio para revolucionar a educação tocantinense”, frisou o secretário.
CAPACITAÇÃO INICIADA, MATERIAL DISTRIBUÍDO E META DE ESTENDER PROGRAMA PARA ENSINO FUNDAMENTAL
Com o lançamento do projeto, inicia-se também a formação para os profissionais. Serão dois dias de capacitação, em Palmas, voltada para servidores das 13 Superintendências Regionais de Educação (SREs) do Tocantins. O material estruturado “Minha África Brasileira”, que subsidia o projeto, já foi distribuído para todas as unidades escolares de Ensino Médio da rede estadual, para que as atividades comecem no segundo semestre letivo. “Esse material estruturado será trabalhado pelos nossos profissionais que estão sendo capacitados para combater o racismo. Iniciamos o Poder Afro com o Ensino Médio e queremos ampliar, no próximo ano, para o ensino fundamental, pois o Tocantins inicia hoje uma política de continuidade com empoderamento dos nossos profissionais e dos nossos estudantes e isso requer mudanças profundas e sistêmicas, com ações concretas e permanentes”, ressaltou o secretário da Educação.