A Câmara de Palmas reprovou na noite desta quinta-feira, 4, os quatro projetos de lei complementar do Paço que pediam autorização para contratar R$ 663,7 milhões em empréstimos. Todos os resultados foram por 9 votos a 7. O presidente da Casa de Leis, Folha Filho (PSDB), fez questão de destacar que, se votasse, acompanharia o Paço, o que não mudaria o resultado. Pedro Cardoso (Republicanos) e Daniel Nascimento (Republicanos) não compareceram.
PLACAR
Em todas as votações, apesar da proposta, a votação nominal não foi aprovada, mas todos os resultados foram revelados pelos vereadores. Os favoráveis aos empréstimos foram: Major Negreiros (PSDB), Júnior Brasão (PSB), Eudes Assis (PSDB), Wadson da Agesp (PSDB), Iolanda Castro (Republicanos), Márcio Reis (PSDB) e Solange Duailibe (PT). Entretanto, venceram os contrários, capitaneados por Rogério Freitas (PSD), Laudecy Coimbra (PL), Clayzer Magono (PL), Mauro Lacerda (PL), Rubens Uchôa (UB), Joatan de Jesus (PL), Josmundo Souza (PL), Jucelino Rodrigues (PL) e Marilon Barbosa (Republicanos).
PREFEITA NÃO POUPOU PALAVRAS
Logo após a votação, a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) reagiu duramente ao resultado das votações. “Palmas foi vendida no crédito, no débito e na nota promissória. Vereadores comparsas e a serviço de uma quadrilha. Coação, ameaça e suborno. Uns devem a casa, outros a alma. Pisa é pouco, rolou até ameaça de morte. Não sei quem é pior: quem se vende, quem os compra ou quem foge”, disparou a chefe do Poder Executivo.
OBJETOS
Os pedidos previam R$ 191.108.000,00 para aquisição de 112 ônibus para o transporte público; R$ 132.675.000,00 para mais 100 ônibus, mas para o transporte escolar; outros R$ 40.000.000,00 também para ônibus de transporte escolar, mais 80; e R$ 300 mil para obras de infraestrutura. Também estavam incluídas a construção da nova sede da Câmara e da prefeitura.
ENTENDA
Os R$ 663,783 milhões pedidos pela prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) gerou reação imediata dos vereadores de oposição. Quando os projetos foram apresentados, estes nove votos que derrubaram a legislação tentaram impedir a tramitação por meio do Tribunal de Contas. Enquanto isto, as matérias tramitaram. A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) realizou sessão extraordinária ainda na tarde desta quinta-feira, 4, mas pedidos de vista atrasaram a tramitação. Apesar da agenda da nova reunião ter sido marcada para a madrugada desta sexta-feira, 4, o colegiado antecipou o debate e durante o fim da tarde os textos foram para o Plenário, que na noite desta quinta-feira, 4, derrubou todas as iniciativas.