O governo estadual realizou na tarde desta terça-feira, 20, o lançamento do Programa de Fortalecimento da Educação Indígena (Profe Indígena). A iniciativa visa a qualidade do ensino para os indígenas para oito etnias do estado: Karajá, Xambioá, Javaé, Xerente, Krahô, Krahô Kanela, Apinajé e Avá-Canoeiro. A educação indígena no Tocantins está presente em seis das 13 Superintendências Regionais de Educação (SREs): Gurupi, Pedro Afonso, Miracema, Paraíso do Tocantins, Tocantinópolis e Araguaína, e abrange 96 escolas, 38 extensões, com 6.329 estudantes e 635 professores.
SUPERINTENDÊNCIA E DIRETORIA ESPECÍFICA
Na ocasião, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) anunciou a criação de uma superintendência de políticas e uma diretoria específica para a área indígena dentro da Secretaria da Educação (Seduc). O programa iniciou-se com a elaboração de um cronograma de ações, monitoramento nas escolas, material próprio, material escolar para os alunos, processo seletivo realizado pelo Ministério Público Federal, pelo Conselho Estadual, pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pelos órgãos responsáveis, buscando a qualidade do ensino. O gestor aproveitou a agenda para realizar a entrega simbólica de duas Escolas Indígenas em Tocantinópolis, a Pêpkro, que recebeu reforma com investimento de R$ 412.695,29; e a Tamkak, com investimento de R$ 647.202,93.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E RESPEITOSA
O titular da Seduc, Fábio Vaz, enfatizou que o Profe é um programa que visa construir uma educação mais inclusiva e respeitosa. “O Profe Indígena, além de focar na qualidade do ensino, valoriza as particularidades culturais das etnias que compõem o Tocantins. Com a alfabetização bilíngue, o monitoramento contínuo das escolas indígenas e processos seletivos específicos, estamos construindo uma educação mais inclusiva e respeitosa. E, com o lançamento do ‘F@la Indígena’, abrimos um canal de diálogo direto com as comunidades, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e suas demandas atendidas”, afirmou.
FORMAÇÃO, MATERIAL E ESTRUTURAÇÃO DE ESCOLAS
O diretor de educação dos Povos Originários e Tradicionais, Amaré Brito, salientou que o programa tem como missão entregar educação nacional, mas também levar o conhecimento da tradição, da cultura e da linguagem indígena. “O programa tem ações diversas que buscam melhorar a política, desde a formação, a aquisição de material pedagógico, reforma, construção e ampliação de escolas indígenas. Que o nosso estudante possa receber uma educação escolar de qualidade. Assim, temos a missão de ensinar a educação nacional, mas também de levar às escolas o conhecimento da tradição, da cultura e da linguagem indígena”, finalizou.