Após a apuração de todas as urnas, o governador interino Mauro Carlesse (PHS) e o senador Vicentinho Alves (PR) foram confirmados como os protagonistas do segundo turno desta eleição suplementar. Candidato mais votado, o gestor humanista atingiu 174.275 votos, chegando a 30,31% dos votos válidos. Já o congressista recebeu 127.758 votos, ou 22,22% dos válidos. Carlos Amastha (PSB) amargou a terceira colocação e ficou de fora da nova rodada [123.103, 21,41% dos votos válidos].
A senadora Kátia Abreu (PDT) aparece na quarta posição [90.033 votos, 15,66% dos válidos], seguida por Márlon Reis (Rede) – [56.952 votos, 9,91% dos válidos] – e Mário Lúcio Avelar (Psol) – [3.862 votos]. Entretanto, a votação do socialista apareceu como nula, apesar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) alegar desatualização e garantir que sua votação seria contabilizada. O empresário Marcos Souza (PRTB) ficou na última colocação [2.794 votos, 0,49% dos válidos].
O pleito suplementar registrou alto índice de abstenção: 30,14%, ou 306 mil pessoas. Ainda foram computados 14.660 votos em branco [2,06% do total] e 121.877 votos nulos [17,13%]. Estes dados não são considerados válidos pela Justiça Eleitoral.
Campanha curta
Garantido no segundo turno, Vicentinho Alves agradeceu o apoio dos apoiadores e dos líderes políticos e avaliou como positivo o resultado, argumentando sua candidatura foi lançada há apenas 35 dias. “Uma campanha muito em cima, muito rápido. Poder chegar com esta votação expressiva já registro de primeira mão os meus agradecimentos. Eu concorri com candidatos que já estavam a dois anos lançados”, disse.
O senador republicano também falou que o tempo de propaganda que tinha disponível talvez tenha prejudicado o desempenho, e projeta melhora para o segundo turno. “E vocês observam o nosso tempo de televisão mínimo, quase não aparecíamos, principalmente para as cidades grandes. Agora vamos nivelar o tempo de televisão, nivelar tudo”, afirmou.
Vicentinho Alves já sinalizou críticas ao governador interino Mauro Carlesse, o seu adversário no segundo turno. “A máquina do governo vai ser cobrada na televisão. Esta máquina ostensiva, irresponsável, que só coloca o Tocantins nós piores lugares do ranking nacional”, afirmou.
“Quero sempre contar com nossos líderes, nosso povo. Eu me proponho a ser sempre um governador do consenso, da paz, da organização e para cuidar das pessoas, principalmente as que mais precisam”, encerrou.
“Velha política ainda domina”
Por pouco Amastha não foi para o segundo turno. O ex-prefeito de Palmas reconheceu a derrota em publicação no Twitter. No texto, o candidato pessebista voltou a falar da “velha política” e sinalizou para os candidatos Márlon Reis e Mário Lúcio Avelar.
“Obrigado minha gente. Não deu. Muito longe das expectativas. A velha política ainda domina com muita força o cenário político do nosso Estado. Menos de 35% de votos conscientes. Parabéns Márlon Reis e Mário Lúcio.Vamos reunir o grupo e refletir”, afirmou.
Obrigado minha gente. Não deu.MUITO longe das expectativas. A velha política ainda domina com muita força o cenário político do nosso estado. Menos de 35% de votos conscientes. Parabéns @marlonreis e @MarioLucio_50 .Vamos reunir o grupo e refletir.
— Carlos Franco Amastha (@amastha2024) June 3, 2018
Confira abaixo o perfil dos candidatos para o segundo turno:
Mauro Carlesse:
Mauro Carlesse nasceu no município de Terra Boa, Paraná, 25 de junho de 1960. No Tocantins, ocupou-se como empresário e agropecuarista. Iniciou a carreira política ao se filiar ao Partido Verde (PV) em 2011, quando então já exercia a presidência do Sindicato Rural de Gurupi. Foi candidato a prefeito daquela cidade nas eleições de 2012. Em 2013, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e candidatou-se a deputado estadual em 2014, conquistando uma vaga para a 8ª Legislatura. Atualmente é filiado ao Partido Humanista da Solidariedade. No dia 08 de julho de 2016 foi eleito presidente da Assembleia Legislativa para o biênio que termina em 2019.
Vicentinho Alves:
O senador Vicentinho Alves nasceu em Porto Nacional, Tocantins, filho de Vicente de Paula Oliveira e Ana Alves de Oliveira. É casado com Adailde Alves de Oliveira e pai de Raimundo Aires Neto Alves, Vicente Alves de Oliveira Junior, Thiago Tapajós Alves de Oliveira e Mariana Alice Alves de Oliveira.
Piloto comercial, empresário e agropecuarista, iniciou sua vida pública elegendo-se prefeito de sua cidade natal, Porto nacional. Foi Presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), deputado estadual por dois mandatos, presidente da Assembleia Legislativa, Secretário-Geral da União Nacional dos Legislativos Estaduais (UNALE), governador interino do Tocantins e deputado federal.
Como Senador da República foi primeiro secretário da Mesa Diretora, líder do Partido da República no Senado Federal e coordenador da bancada federal do Tocantins.