Os secretários da Casa Civil, Deocleciano Gomes; da Saúde, Carlos Felinto; de Parcerias e Investimentos (SPI), Thomas Jefferson; estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 6, com representantes da Opy Healthcare Gestão de Ativos e Investimentos, vencedora do leilão para construção e operação da unidade que irá substituir o Hospital da Mulher e Maternidade do Tocantins (HMDR). Na ocasião, a empresa fez a apresentação do projeto arquitetônico e a articulação de medidas que garantam a celeridade das obras foi debatida. A agenda do governo acontece em meio à crise no HMDR por conta da falta de profissionais, denunciado por entidades médicas e questionado pelo Ministério Público.
INÍCIO DAS OBRA EM 2025
O presidente da Opy Healthcare Gestão de Ativos e Investimentos, Rogério Caldas, fez uma projeção do início da construção da nova unidade após Thomas Jefferson revelar um pedido do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) sobre a possibilidade de antecipar a programação. “Estamos muito animados de estar aqui, apresentando a evolução do projeto. Queremos dizer que estamos acelerados, com o projeto arquitetônico do hospital que apresentamos agora. Temos, com isso, uma expectativa de avançar na assinatura do contrato de concessão, então, se tudo der certo, no primeiro trimestre de 2025 iniciaremos as obras do hospital, para que a gente possa entregar entre um ano e meio e dois anos”, avisou.
ENTENDA
O projeto prevê a entrega do hospital em funcionamento no prazo de 24 meses a partir da emissão da ordem de serviço, com pagamento por parte do Estado a ser iniciado, com contraprestação mensal à empresa, somente quando a unidade estiver totalmente equipada e em plena atividade.
CONCESSÃO DE 30 ANOS
Serão cerca de R$ 299 milhões a serem investidos pela empresa vencedora da licitação na implantação do hospital. O contrato de 30 anos, que se dará na modalidade de concessão administrativa, estabelece que o investidor privado seja responsável por todos os aspectos não assistenciais, incluindo a construção do novo hospital, a aquisição e a instalação de equipamentos, bem como a manutenção, a operação e a gestão administrativa do hospital. Já o corpo clínico, com todas as equipes de profissionais da saúde, continuará sob responsabilidade do governo.
ESTRUTURA
O hospital contará com 210 leitos devidamente instalados em um ambiente moderno e bem equipado. Com a ampliação, também haverá mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI Neonatal e a implantação da UTI Obstétrica e Ginecológica. Além disso, serão oferecidas 20 vagas na nova Casa Gestante, Bebê e Puérpera, proporcionando conforto e segurança para as mulheres e seus bebês. A fim de facilitar o transporte de emergência, o projeto inclui ainda a instalação de um heliponto. O novo hospital será construído na Quadra ACSU SO 130 (1.301 Sul), em Palmas.
ETAPAS
Carlos Felinto abordou os processos a serem adotados para o início da construção. “Avançamos em mais uma etapa dessa importante obra, com a apresentação do projeto arquitetônico que nos possibilitou ter uma visão de como a unidade de saúde ficará, ao estar totalmente concluída. Essa é a primeira parceria público-privada nesse segmento infrassocial. Por ser algo delicado, a PPP exige várias etapas. Passamos a fase do diálogo público, depois da licitação, e agora estamos no momento de aprovação do Plano de Negócios e, após isso assinaremos o contrato, para posteriormente, emitir a Ordem de Serviço (OS), possibilitando o início da obra”, listou.