O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou nas redes sociais uma suposta ação arbitrária e violenta da Polícia Militar do Tocantins (PMTO) ao desmobilizar uma ocupação na Fazenda Carmo, em Porto Nacional. A iniciativa da organização fazia parte da Jornada Nacional de Combate à Violência Contra as Mulheres e Meninas e condenava a prática de grilagem de terras. Em nota à Coluna do CT, a corporação garantiu que a resolução foi pacífica.
DESPEJO ARBITRÁRIO E VIOLENTO
Conforme nota do MST, 50 famílias ocupavam a Fazenda Carmo, área de 1,6 mil hectares que alegam fazer parte – originalmente – do projeto de assentamento Retiro, que acabou sendo titulada irregularmente a um fazendeiro. O movimento fala em grilagem. A disputa, inclusive, estaria em debate na Justiça Federal. Diante da iniciativa, policiais militares teriam realizado um despejo “arbitrário e violento” dos manifestantes, sem sequer ter decisão judicial para tal ato. Segundo o grupo, três pessoas foram detidas e uma pessoa autista agredida.
SOLUÇÃO PACÍFICA APÓS NEGOCIAÇÕES
Já a Polícia Militar afirmou que atendeu uma uma ocorrência de invasão em uma propriedade rural e que aproximadamente 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, estavam no local. Conforme a corporação, o caso foi solucionado de forma pacífica. “Equipes do 5º Batalhão de Polícia Militar e especializadas foram deslocadas para o local e, após negociações, conseguiram que os ocupantes deixassem a propriedade pacificamente. A PMTO reforça seu compromisso em garantir a segurança e a ordem pública, e prima sempre pela atuação de forma profissional e respeitosa aos direitos de todos os cidadãos”, resumiu.
Leia a íntegra da nota da Polícia Militar:
“A Polícia Militar do Tocantins (PMTO) informa que foi acionada, neste sábado, 23 de novembro, para atender uma ocorrência de invasão em uma propriedade rural localizada na zona rural de Porto Nacional.
De acordo com as informações do solicitante, um grupo de aproximadamente 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, invadiu a fazenda durante a madrugada.
Equipes do 5º Batalhão de Polícia Militar e especializadas, foram deslocadas para o local e, após negociações, conseguiram que os ocupantes deixassem a propriedade pacificamente.
A PMTO reforça seu compromisso em garantir a segurança e a ordem pública, e prima sempre pela atuação de forma profissional e respeitosa aos direitos de todos os cidadãos.
Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Estado do Tocantins”
Confira a manifestação do MST: