Relatórios técnicos das entidades que buscam responsabilizar a União e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pelo desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira calculam os impactos da tragédia para a economia de Aguiarnópolis e Estreito (MA). Conforme a pesquisa, 27 das 28 empresas (96,43%) do município tocantinense que foram entrevistadas afirmaram que já tiveram impacto no faturamento mensal, sendo que 11 identificaram impacto acima de 50%.
IMPACTO IMEDIATO
Entre as empresas respondentes, oito (25% das entrevistadas) relataram quedas entre 10% e 20% no faturamento mensal, nove (32,14%) indicaram perdas entre 21% e 50%, seis (21,43%) registraram queda entre 50% e 75%, enquanto cinco (17,86%) informaram que suas receitas caíram mais de 75%. Apenas uma (3,57%) relatou não ter sido afetada financeiramente.
EMPREGO
A redução de empregos foi outro efeito. Entre os entrevistados, 51,85% das empresas declararam que já realizaram demissões como consequência da queda da ponte. Entre as que ainda não reduziram o quadro de funcionários, 88,46% armaram que precisarão dispensar empregados caso a situação econômica gerada pela interrupção da ponte se prolongue.
ESTREITO
O mesmo levantamento foi feito com 107 negócios de Estreito. Do total, 84,11% registraram perdas superiores a 20% no faturamento mensal após a queda da ponte. A pesquisa mostra que mais de 40% das empresas sofreram quedas no faturamento entre 21% e 50%, enquanto cerca de 43% tiveram perdas acima de 50%. Apenas 0,93% informaram que não sofreram redução de faturamento. Além disto, a pesquisa demonstrou que 74,28% das empresas enfrentaram dificuldades na cadeia de abastecimento, seja pelo aumento de custos ou atrasos no fornecimento de produtos e insumos.