A Frente de Entidades do Agronegócio Tocantinense (Feato) realizará no dia 20 de fevereiro, em Palmas, o Grito do Agro, que no card de divulgação tem a seguinte definição: “Mobilização do agronegócio tocantinense, unindo forças por um setor mais forte”. Pelo menos 24 entidades assinam como parte da frente. Um dos coordenadores do evento é o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem. Segundo ele, cerca de mil produtores devem participar, vindos de todas as regiões do Estado. “Não virão para jogar pedra, mas para conversar”, garantiu. Foram convidados ainda os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), e de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), além dos membros da bancada federal do Tocantins.
17 PAUTAS
Wagno disse que o movimento é “altamente propositivo e ético”. Explicou que eles querem o produtor inseridos nas discussões das pautas que lhes dizem respeito, que não fiquem mais exclusivas ao governo do Estado. “Queremos discutir juntos, produtores e governo, a retomada do desenvolvimento da agricultura e pecuária do Tocantins”, afirmou. São 17 pautas que o setor quer debater com o governo do Tocantins, entre elas, a regularização ambiental, com processos mais simples e rápidos, com prioridade no licenciamento e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR); a regularidade do desmatamento, com a revisão de dados e suspensão do CAR apenas após comprovação de irregularidades; melhorias no Naturatins, com investimentos no atendimento, ampliação de equipes e modernização dos sistemas; aplicação dos recursos dos fundos estaduais em estudos técnicos e obras que beneficiem o setor produtivo do agronegócio; e aprovação de legislação específica para resolver questionamentos sobre realocações de áreas de reserva legal autorizadas.
PROBLEMAS MUITO SÉRIOS
O grande problema, segundo os organizadores, é a recusa do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) em receber a categoria. Wagno lembrou que governador Siqueira Campos, “mesmo com seu pulso forte”, nunca se negou ao diálogo com os produtores, quando se precisou discutir, por exemplo, os efeitos do Plano Real. “Não queremos brigar com ninguém, não é uma ação política em favor de A ou B, não há nada pessoal contra alguma pessoa do governo, pessoalmente temos bom relacionamento com todos, mas no campo institucional estamos com problemas, e sério, muito sério.
WANDERLEI RECEBEU OFÍCIO EM SETEMBRO
O presidente da Aproest contou que o governador Wanderlei recebeu em setembro o ofício assinado por todas as entidades que agora formam a frente, pedindo a audiência. Mas, até agora, nenhuma resposta.