O Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Naepe) divulgou pesquisa sobre alimentação fora de casa. Conforme o estudo, comer em restaurantes ficou 9,73% mais caro em 2024. O Naepe destaca aumentos expressivos em bebidas (15,4%), refeições em geral (10,1%) e o tradicional chambari (8,7%). O trabalho foi realizado sob a direção do economista e professor Autenir Carvalho.
INFLAÇÃO NO 4ª TRIMESTRE
No quarto trimestre de 2024, a inflação para esse conjunto de alimentos foi de 1,77%, com aumentos significativos em itens populares como a marmita sem carne vermelha (9,3%) e o chambari (6,4%).
PANORAMA
O quarto trimestre de 2024 consolidou a tendência de alta nos preços, com a inflação da alimentação fora de casa atingindo 1,77%. Além do chambari e da marmita sem carne vermelha, as refeições em geral tiveram um aumento de 3,5%, pressionando ainda mais o custo de vida dos palmenses.
AUMENTO DA DEMANDA E CRESCIMENTO DA RENDA
Por meio da assessoria do Naepe, Autenir Carvalho avalia que o cenário é resultado de uma combinação de fatores, incluindo questões climáticas e o aumento da renda da população. Em sua análise, o economista destaca que, embora a alta nos preços seja um desafio, a situação também reflete uma melhoria nas condições econômicas da região. “A questão não é apenas a pressão nos preços. É claro que estão aumentando, mas isso se deve, em grande parte, ao aumento da demanda, que é impulsionado pelo crescimento da renda da população”, pontua. O professor explica que, quando a renda aumenta, as pessoas tendem a comer mais fora de casa.
TAXA DE DESEMPREGO
Autenir Carvalho reforça que este movimento é bancado pelo aumento da renda, que, por sua vez, está relacionado à queda na taxa de desemprego. “Então, temos dois fatores principais: os problemas climáticos, que afetam a produção de alimentos, e o aumento da demanda, provocado por um crescimento consistente da renda. É importante destacar que, embora o aumento dos preços tenha um lado desafiador, especialmente do ponto de vista ambiental, ele também reflete um cenário positivo, como a queda no desemprego e a melhoria do poder de compra da população. Isso mantém a demanda aquecida e, consequentemente, os preços elevados”, observa.