O atual vice-presidente do Senado Federal, Eduardo Gomes (PL) deve se tornar alvo de inquérito da Polícia Federal, é o que informa o Metrópoles. A corporação pediu abertura de investigação para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares do congressista. Ao veículo, o tocantinense negou qualquer irregularidade
ENTENDA
O pedido de investigação contra o tocantinense deu-se dentro do inquérito da Operação Emendário, que mirou três deputados do Partido Liberal denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ao analisar aparelhos eletrônicos apreendidos durante a investigação, a Polícia Federal encontrou mensagens em que um ex-assessor de Eduardo Gomes, Lizoel Bezerra, cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA).
HOMEM AGONIADO
Conforme a corporação, Lizoel Bezerra cobra em troca de mensagens de 2022 um “saldo devedor” de R$ 1,3 milhão de Carlos Lopes, dos quais pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil por causa de uma suposta viagem do senador tocantinense. “Me dá uma posição. Homem tá na agonia. Pagar contas e viajar”, chegou a escrever. A Polícia Federal indica que o valor seria para Eduardo Gomes, já que em um outro momento o ex-assessor encaminha imagem de uma conversa com um interlocutor com o nome do liberal e cuja foto do perfil é do mapa do Tocantins.
LIZOEL FOI MOTORISTA E NÃO É FUNCIONÁRIO DO GABINETE
Eduardo Gomes se manifestou ao Metrópoles. A assessoria afirmou que, como líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) e relator parcial do Orçamento, o tocantinense destinou recursos para vários estados, incluindo o Maranhão. Quanto a emendas individuais, a única que não foi para o Tocantins teve o Rio Grande do Sul como destinação, que na época sofria com uma crise climática. Sobre Lizoel Bezerra, a assessoria disse que ele trabalhou como motorista em campanhas políticas do senador, e não é funcionário do gabinete no Senado.