DE OLHO NO STJ
A decisão que resultou na prisão do advogado Thiago Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), na Operação Sisamnes, da Polícia Federal, é do ministro Cristiano Zanin, do STF. O governador não é alvo dessa operação, mas a GloboNews disse que a PF descobriu que Thiago, que é assessor jurídico do MPE, de alguma maneira obteve informações privilegiadas de investigações que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde está, por exemplo, a Fames-19, que investiga desvios de recursos para cestas básicas, em 2020 e 2021, em meio à pandemia, e que tem como investigados o próprio advogado, Wanderlei e os filhos do governador, o deputado estadual Léo Barbosa (Republicanos) e o superintendente do Sebrae, Rérison Antônio Castro Leite.
SÓ VOLTAM COM 2 ATRASADOS PAGOS
Apesar das pressões que estão recebendo para retomar os trabalhos, os mais de 100 empresários que fazem o transporte escolar rural para a Secretaria Estadual da Educação garantem que não encerram o movimento enquanto não receberem pelo menos dois dos quatro meses atrasados. Há sinalização, segundo disseram à coluna, de a Seduc pagar um atrasado até sexta-feira, 21. Mas os empresários querem pelo menos dois meses.
O IMEXÍVEL

Por falar em Seduc, nos bastidores do governo dizem que se tem alguém empoderado a ponto de ser considerado imexível é o secretário executivo da pasta, Edinho Fernandes. O homem é muito forte.
GRANDE UNIÃO PELO TOCANTINS

Os prefeitos das cinco maiores cidades do Estado — Eduardo Siqueira Campos (Podemos), de Palmas, Wagner Rodrigues (UB), de Araguaína, Josi Nunes (UB), de Gurupi, Ronivon Maciel (UB), de Porto Nacional, e Celso Morais (MDB), de Paraíso — ousaram se reunir nessa segunda-feira, 17, com o senador Irajá (PSD), o arqui-inimigo do Palácio. Na pauta, um projeto de bem-estar e qualidade de vida da terceira idade. Depois da pauta, há quem diga, uma boa discussão sobre o futuro do Tocantins. E teve quem garantiu à coluna que vem aí uma grande união em torno de um novo projeto para o Estado. E ele deve ser startado já neste ano.
ARRAIAS É MAIOR
Em Arraias, o prefeito Herman José (Republicanos) conseguiu se aproximar de uma parte de sua oposição de 2024. O professor Oscar (PRD), que foi candidato contra ele em outubro, postou foto com o prefeito esses dias com os dizeres: “Tomando um H2O com o escoteiro, meu irmão e prefeito de Arraias, Herman José”. O título do post era “Arraias é maior”.

AUTORIZAÇÃO JÁ HAVIA SIDO RETIRADA

A Defensoria Pública do Estado (DPE-TO), em atuação conjunta com a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e por meio de seus núcleos especializados na área da infância e direitos humanos, expediu Recomendação à Prefeitura de Palmas e à Secretaria Municipal de Educação (Semed) para que seja revisada a autorização de distribuição de bíblias – Novo Testamento para estudantes do 4º ao 9º ano. “O entendimento é que a iniciativa fere o princípio de Estado laico e pode implicar em efeitos negativos significativos, em especial a violação da liberdade religiosa”, diz material da DPE enviado à imprensa. Contudo, como a coluna informou nessa segunda-feira, 17, o prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos), após mediação dos vereadores do coletivo Somos, já havia decidido que a distribuição não mais seria permitida.
TERRIVELMENTE ENGANADO

Quem reagiu contra foi o vereador terrivelmente evangélico Thiago Borges (PL). Para ele, a tentativa de proibição “é um atentado contra a liberdade de crença”. O vereador destacou que a entrega é facultativa e destinada apenas aos estudantes que desejam receber o livro sagrado. “Para nós, cristãos, compartilhar a palavra de Deus é um ato de amor ao próximo e um mandamento do nosso Senhor. O ensino escolar, somado aos ensinamentos da bíblia, é um conjunto indispensável para formar o caráter do ser humano e prepará-lo para um convívio social respeitoso e construtivo”, afirmou Thiago. Isso para os cristãos, para os não cristão não é assim. Além disso, o Estado é laico. E se abrir para uma crença tem que abrir para as outras, e as escolas terão religiosos todo dia por lá. Doe uma bíblia para a biblioteca da escola e vai pregar em casa, igrejas e praças. Ou seja, o “terrivelmente evangélico” está “terrivelmente enganado” à luz da Constituição. Assim, parabéns pela decisão ao prefeito Eduardo, ao Somos e à posição da Defensoria e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.