ACORDO PARA PAGAMENTO DA URV
O presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres (Republicanos), fez um acordo com a Associação dos Ex-Deputados Estaduais para pagar a diferença salarial defasada por conta da introdução do real em 1994. Por um ano, na época, prevaleceu a URV, a moeda virtual, até a implantação do real propriamente dito. Anos depois descobriu-se a defasagem, e, já nos anos 2000, o STF reconheceu o direito dos trabalhadores. Assim, puderam ser beneficiados servidores e parlamentares que atuaram de 1995 a 2009, quando os salários foram atualizados.
GAGUIM PAGOU OS QUE ESTAVAM NA LEGISLATURA

Como a decisão judicial permitiu, e sem recursos para todos, o então presidente da Assembleia em 2009, Carlos Gaguim, pagou os deputados daquela legislatura e os servidores efetivos. Outro tanto de funcionários receberam nos anos seguintes. Dessa forma, ficaram para trás ex-deputados estaduais que não estavam na legislatura de 2007 a 2009 e ex-servidores comissionados de gabinetes de parlamentares.
R$ 16 MILHÕES EM ATÉ 23 PARCELAS

O ex-presidente da Assembleia e hoje deputado federal Toinho Andrade (Republicanos) fez o processo administrativo e os cálculos devidos para pagamento, mas, também sem recursos, não quitou a dívida. Agora coube a Amélio recalcular o valor e pagar. A associação colocou à mesa um total de R$ 36 milhões, mas a Assembleia chegou a R$ 16 milhões e a entidade aceitou para pôr fim ao caso. Com isso, os ex-deputados estaduais e também ex-servidores começaram a receber neste mês em 23 parcelas para que tem direito a mais de R$ 20 mil e menos parcelas para valores abaixo desse montante.
ALGUNS DOS BENEFICIADOS
Entre os que têm direito a receber estão Raul Filho, Solange Duailibe, Marcelo Miranda e Abraão Costa. Alguns faleceram e o valor será pago a seu espólio. Segundo a Aleto, entre os beneficiados há pessoas em dificuldades financeiras e com problemas de saúde.
NÃO SÃO R$ 215 MIL…

A Federação Tocantinense de Futebol (FTF) se manifestou sobre a polêmica em torno do salário de seu presidente, o ex-senador Leomar Quintanilha, que teria saltado de R$ 50 mil para R$ 215 mil, segundo reportagem sobre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicada pela revista Piauí. A FTF classifica a matéria da Piauí de “informações equivocadas”. Para a entidade, o novo salário de Leomar de R$ 215 mil também não é verdadeiro. “A Confederação Brasileira de Futebol [CBF], ciente da gravidade da divulgação de dados inverídicos, já está tomando as medidas cabíveis para a restauração da verdade”, diz a nota da FTF.
…MAS NÃO REVELA O VALOR
Contudo, a nota não esclarece qual é o salário de seu presidente. Apenas diz que “as receitas da FTF provêm, principalmente, das taxas de registros de atletas e clubes, além de uma pequena porcentagem (10%) das bilheterias dos jogos no estadual”. “Essas receitas são complementadas por repasses da CBF, com o objetivo de custear as atividades administrativas e operacionais da entidade sem margem para premiações em dinheiro”, diz a nota. “Esclarecemos ainda que a FTF não conta com patrocinadores, não utiliza recursos públicos e não remunera o seu presidente. As contas da entidade são auditadas, publicadas regularmente e estão disponíveis para consulta pública por qualquer interessado.”
REGULAMENTO É BEM CLARO
Sobre a reclamação de que a FTF apenas entrega troféu ao campeão estadual, a nota da entidade afirma que “o regulamento específico da competição é bem claro quanto à premiação que será oferecida, e os clubes participam por livre e espontânea vontade”.
ESTÍMULO AO FUTEBOL
Sobre a falta de apoio ao esporte, a FTF garante “tem se dedicado de forma permanente à promoção estímulo da prática do futebol no estado do Tocantins, abrangendo diversas categorias e ambos os gêneros, organizando e realizando competições oficiais”. “Também atua na estruturação e formação de árbitros, além de manter ativa a Seleção de Ouro — composta por jovens talentos tocantinenses nas categorias de base”, afirma.
ADVERTÊNCIA AOS CRÍTICOS
E termina com uma clara advertência aos críticos: “A FTF informa ainda que sua assessoria jurídica está atenta à repercussão do caso e tomará as medidas cabíveis contra qualquer pessoa física ou jurídica que atentar contra a imagem da entidade”.
OS PRÓ-GOLPISTAS
A oposição na Câmara dos Deputados disse ter conseguido as assinaturas necessárias para dar início à tramitação de um pedido de urgência ao projeto que anistia os golpistas do 8 de janeiro de 2023. O requerimento proposto pelo líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), atingiu 259 assinaturas, duas a mais que o necessário, no fim da noite dessa quinta-feira, 10. Do Tocantins, os nomes de seis dos oito membros estão na lista. São aparecem nela Lázaro Botelho (PP) e Ricardo Ayres (Republicanos). Confira os deputados tocantinenses que assinaram:
– Filipe Martins
– Eli Borges
– Vicentinho Júnior
– Carlos Gaguim
– Toinho Andrade
– Alexandre Guimarães
AVÔ DA SHAKIRA

A ex-prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB) resolveu reagir nas redes sociais às investidas do vereador Carlos Amastha (PSB) contra ela na Câmara, como a tentativa de abrir uma CPI sobre o transporte coletivo. Num podcast nesta semana, Amastha chegou a dizer que “há indícios de desvio de verbas públicas [na gestão Cinthia] que precisam ser urgentemente investigados”. “Estratégia furada, discurso vazio. O ‘avô da Shakira’ tem é que ligar o desconfiômetro, parar de dar xilique e ir trabalhar”, rebateu Cinthia. “Se o servidor de Palmas ganha bem é porque foi respeitado e conquistou isso em lei. E os R$ 50 milhões que retiraram da aposentadoria deles? Vai devolver quando?”, provocou, numa clara referência ao suposto desvio do PreviPalmas no governo Amastha.
APROXIMA E AFASTA
Após um rompimento profundo nos primeiros anos do governo Cinthia, os dois ex-prefeitos ensaiaram uma aproximação no início da pré-campanha do ano passado, quando Amastha cogitou até ter o apoio da tucana para disputar a Prefeitura de Palmas. Mas ela optou por Júnior Geo (PSDB). Então, houve um silêncio a partir daí, interrompido somente a partir de fevereiro deste ano, quando Amastha passou a ir à tribuna da Câmara para criticar a gestão de sua adversária.