Quem me conhece sabe que eu sou firme nas minhas convicções e falo e ajo igual eu penso. Foi assim que eu construí toda a minha trajetória que começou na Polícia Militar, depois como advogado e na Prefeitura de Axixá, agora pela terceira vez.
Se eu sou intransigente naquilo que defendo, por motivos ainda maiores também não transijo em relação ao voto popular, que foi o que me trouxe até aqui. Sei das dificuldades que cada candidato passa para alcançar essa representatividade. Assim, não poderia deixar de me manifestar em defesa do voto popular, que devolveu para Eduardo Siqueira Campos a condição de restabelecer a sua história, e, com ela, a história do seu pai, Siqueira Campos, o criador do Estado do Tocantins.
Todos sabem das dificuldades pelas quais Eduardo passou e muita gente não acreditava que ele pudesse se tornar Prefeito de Palmas mais uma vez, depois de ter exercido mandato há 24 anos. Agora, depois de tanta luta, tanta batalha, eis que a Justiça tenta tirar do povo de Palmas a pessoa que escolheu para administrar e cuidar dos seus moradores, das nossas pessoas.

É por isso que eu vim aqui me manifestar. Primeiro, em defesa do voto popular; segundo, da história e dignidade de Eduardo Siqueira Campos, o filho de Siqueira Campos, rogando que possa ser alcançada a estabilidade necessária para que a Prefeitura de Palmas entregue para a população tudo aquilo que ela espera, e que decidiu livremente nas eleições passadas, quando Eduardo, enfrentando a máquina pública estadual, a Assembleia Legislativa e o maior poder econômico já visto em Palmas, conseguiu vencer as eleições.
Agora, o que me deixa mais triste é enxergar que o seu parceiro, que ele mesmo escolheu, pelo menos momentaneamente, sinaliza que não vai respeitar a vontade do povo que escolheu Eduardo, e que, por consequência disso, é a manifestação expressa da vontade de Deus. Povo que depositou nas urnas o voto e a esperança de ter uma cidade melhor com Eduardo sendo Prefeito.
Defendo aqui o voto, a escolha que a população fez, principalmente uma Justiça que não tire da população o poder de decidir, como fizeram com Eduardo agora, por nada, por simplesmente mensagens de WhatsApp que todos nós recebemos e repassamos no dia a dia. Todo mundo, como torcedor que somos da política, se manifesta voluntariamente várias vezes por aplicativos de mensagem. Por vezes sem perceber que aquilo possa compor um enredo e uma história contada numa versão fantasiosa. Ainda mais através de uma decisão teratológica de um ministro do STF que por inúmeras vezes ouvimos e assistimos se insurgir exatamente contra decisão como essa que ele nos apresenta.
Rogo a Deus que a justiça seja restabelecida, porque a verdadeira justiça é o poder de decisão que o povo conferiu a Eduardo quando lhe escolheu prefeito. Mas rogo a Deus também que o vice-prefeito, que é o seu substituto legal, possa ter a paciência, o discernimento e a compreensão de que o mandato que exerce, só exerce porque à frente dele esteve Eduardo como nosso prefeito eleito.
Diante de episódios como esse, tenho que reconhecer que são poucos os homens de palavra, de vergonha, de caráter e de ética na política do estado do Tocantins. Basta ver a postura séria e honrada da vice-governadora do Distrito Federal, que entregou o cargo com a mesma grandeza que recebeu quando o governador do DF foi afastado. Pois devemos reconhecer também que demitir Carlos Junior foi uma das maiores injustiças já praticadas na política do estado. Ele, que desde o início da caminhada vitoriosa de Eduardo, andou, suou e lutou para que hoje o vice-prefeito tivesse na condição de prefeito interino e assim trocá-lo por um ilustre desconhecido vindo de Brasília!
Assim que eu, como prefeito desta cidade, manifesto todo o meu pensamento devotado no voto popular, e principalmente na história de Siqueira Campos e Eduardo, que merece continuar a sua trajetória, conferindo agora na condição de Prefeito, a possibilidade de se reestabelecer, que é o que todos nós torcemos aqui.
AURI-WULANGE RIBEIRO JORGE
É prefeito de Axixá do Tocantins e advogado.