DE VOLTA À CÂMARA
O vereador Carlos Amastha (PSB) participou na manhã desta quinta-feira, 7, de sua primeira sessão na Câmara de Palmas, desde a volta dos trabalhos e de sua exoneração da Secretaria da Zeladoria Urbana pelo prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos). Ele abriu o discurso avisando que não se incomoda em deixar a liderança do bloco do parlamentar governista, formado por Progressistas, Podemos, Avante, PSDB, MDB, PRD e PT, e que conta com 12 dos 23 membros. Amastha lembrou que essa escolha não passa pelo prefeito e que é exclusiva dos vereadores. “Se o vereador Waldson [da Agesp] faz questão, quem sou eu para impedir que ele assuma a liderança desse bloco da maioria… Fique absolutamente à vontade”, ofereceu, sobre o parlamentar cotado para a função.
NÃO FOI BOM LÍDER
Amastha ainda “reconheceu” não ter sido um bom líder desse bloco. “Infelizmente, a minha compreensão de democracia é um pouquinho diferente. A partir dessa liderança, eu achava que poderia exercer algumas coisas em benefício de todos nós, e vocês sabem que muitas vezes eu fiquei traumatizado porque, defendendo a maioria, alguém, pontualmente, não aceitava isso. No primeiro dia da minha liderança, o vereador Folha já me disse: ‘Se você não fizer isso já te tiramos da liderança do bloco’… No dia em que estávamos montando as comissões”, contou, entre risos.
ACEITAÇÃO DE EDUARDO
Sobre sua passagem pela secretaria, Amastha agradeceu o prefeito Eduardo e também ao vice Carlos Velozo (Agir), por tê-lo colocado à frente da pasta na sua gestão fugaz. O vereador disse que sua presença na Zeladoria foi a “cereja do bolo” do bom trabalho que havia sido feito pelo ex-secretário Marcílio Ávila, indicação de Amastha. O parlamentar, inclusive, garantiu que, “sem lugar à dúvida, grande parte da boa aceitação que nosso prefeito tem se deve ao trabalho que a gente fez através do Marcílio na Zeladoria e do vereador Amastha por aqui [na Câmara]”.
NÃO NA TRIBUNA
Ele avisou que vai contar aos colegas sua versão sobre a exoneração da secretaria, mas não da tribuna. “Vamos esperar que o líder Walter Viana pague um almoço ou um jantar para que vocês ouçam da minha boca, porque imagino que todos estão querendo ouvir a minha versão da história”, disse.
SITUAÇÃO E OPOSIÇÃO
Amastha afirmou, dirigindo-se ao oposicionista Vinícius Pires (Republicanos), que nos 20 dias da secretaria viu “as coisas boas, ruins e muito ruins desta gestão”. E mandou o que pareceu ser um recado. “Obviamente, se você é situação, você tenta resolver tudo através do diálogo com a gestão. Quando você é oposição, você usa a tribuna para esses posicionamentos”, sugeriu.
VAI CUIDAR DOS PROJETOS DO PODEMOS

O advogado Vinícius Tundela deixou a presidência da Fundação Municipal de Esportes e Lazer de Palmas. A exoneração dele, a pedido, foi publicada na edição dessa quarta-feira, 6, do Diário Oficial de Palmas. Conforme a coluna apurou, a saída de Tundela é resultado de um alinhamento com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, e o prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos). O advogado vai ajudar a construir os projetos do partido no Tocantins e em outro estados, como já havia feito em 2024. Ele é braço direito do empresário e técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, pré-candidato a senador.
DECISÃO ACERTADA DE MOTTA

O deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos) considerou acertada a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), ao determinar a suspensão cautelar do mandato de parlamentares que tentarem impedir a realização das sessões. No alvo, a extrema direita da Casa, que “sequestrou” o Legislativo e impedia a realização de sessões. “O Brasil não pode ficar à mercê de motins em defesa de quem quer que seja, especialmente de personalidades políticas”, sustentou Ricardo.
POVO EM 1º LUGAR
Para ele, “o povo precisa estar em primeiro lugar”. “Parlamentares têm o direito de divergir, mas não o de paralisar o Congresso. O debate político faz parte da democracia — o bloqueio das instituições, não”, insistiu. O deputado ainda avaliou que é “uma verdadeira inversão de prioridades: obstruem por disputa política, mas quem sofre é o povo”. “O Brasil real — que trabalha, precisa de atendimento médico e luta para manter a luz acesa no fim do mês — merece respeito”, fechou o post.
NEM COM 81 ASSINATURAS

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), jogou um banho de água fria nos radicais do bolsonarismo na Casa. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, em reunião com os líderes partidários da base do governo Lula e da oposição, ele afirmou que em nenhuma hipótese dará andamento ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar”, avisou na conversa com a presença de bolsonaristas como os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Rogério (PL-RO). De acordo com O Estadão, Alcolumbre deu a declaração em tom elevado.
EXPLORAÇÃO EM QUILOMBO NO TO

Exploração de terras raras no quilombo Kalunga do Mimoso, no sul do Tocantins, foi destaque de reportagem do Portal UOL nessa quarta-feira, 6. O material trata de um grupo de minérios usados na alta tecnologia e alvo de interesse dos Estados Unidos, que afeta ao menos 41 áreas protegidas na Amazônia Legal, entre terras indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação ambiental. O veículo informou que três processos de mineração da empresa Brasmet Exploration Participacoes Ltda estão integralmente dentro da comunidade Kalunga do Mimoso.
SEM CONSULTA
De acordo com o UOL, a Agência Nacional de Mineração (ANM) já deu sinal verde para o início das pesquisas no quilombo tocantinense. Os quilombolas, no entanto, também segundo a reportagem, não foram consultados e sequer sabiam da existência da demanda por terras raras em seu território. “Não temos conhecimento dessa pesquisa. Fiquei surpreso”, disse Eudemir de Melo da Silva, vice presidente da Associação Kalunga do Mimoso. Cerca de 270 famílias vivem nesse quilombo Kalunga, localizado entre Arraias e Paranã.
EXONERAÇÕES

O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) exonerou algumas indicações da deputada estadual Janad Valcari (PL) para o Estado. Entre elas, o ex-vereador de Palmas Filipe Fernandes, que era assessor especial técnico lotado na Secretaria dos Esportes e Juventude. Aliados de Janad disseram à coluna que ainda estão tentando entender o ocorrido. A parlamentar foi a candidata a prefeita de Palmas defendida com ardor pelo governador no ano passado. Agora ela caminha para a apoiar a senadora Dorinha Seabra Rezende (UB) para o governo em 2026. Já o pré-candidato de Wanderlei à sua sucessão é o presidente da Assembleia, Amélio Cayres (Republicanos).
APOIO FEDERAL É NECESSÁRIO

E Amélio Cayres participou nessa quarta-feira, 6, da série de reuniões do governador Wanderlei Barbosa nos ministérios das Cidades, dos Transportes, da Agricultura e da Saúde. Para o presidente do Legislativo, o apoio do governo federal é necessário para o Estado avançar. “Por isso fico muito satisfeito em ter a oportunidade de colocar à mesa, junto com o governador Wanderlei, as demandas que diariamente recebemos na Assembleia”, disse.
VERDADE E EMBALAGEM

O deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos) mandou uma mensagem enigmática nas suas redes sociais no final da manhã desta quinta-feira, 7: “A verdade sempre aparece. No meio político, não adianta vender imagem ou prometer o que não é real — mais cedo ou mais tarde, o povo descobre quem é de verdade e quem é só embalagem. Vamos seguindo sempre com posicionamento e trabalho de verdade”. Quem será o destinatário?