Durante sessão realizada na manhã desta terça-feira, 7, vereadores da Câmara de Palmas criticaram o que definiram como excessos durante as diligências da segunda fase da Operação Jogo Limpo, realizada na sexta-feira, 3. Ao usar a tribuna, o vereador Rogerio Freitas (MDB), um dos investigados pela operação, destacou que o Parlamento não pode ser prejudicado. Ele foi preso na operação, mas já foi posto em liberdade. O presidente do Legislativo, José do Lago Folha Filho (PSD), continua preso e o vereador Major Negreiros (PSB) é considerado foragido.
“Fui alvo da operação e não vim aqui repudiar. Não tenho compromisso com ilícito, fui ouvido pela autoridade policial e acredito que nem serei nem denunciado. Vi um vídeo como se aqui fosse Hollywood, 40 delegados cumprindo mandato contra três vereadores. Agora não podemos aceitar que o Parlamento seja visto pela imprensa como se fosse um antro compromissado com o errado e com o ilícito, porque não é”, frisou.
O vereador Milton Neris também se pronunciou sobre o assunto. “Invadiram residência que nem tem gente morando, entraram quebrando porta, tratando como bandidos perigosos. O vídeo divulgado pela Polícia Civil se assemelha ao filme “Tropa de Elite”, mostrando a Câmara Municipal, como se a instituição estivesse relacionada à operação”, afirmou.
“Achei um excesso e acho que o governador Carlesse está gastando muito dinheiro para fazer filme para promover a instituição Polícia Civil e deveria gastar esse dinheiro no cuidado com os hospitais”, disse Néris.
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Sobre o presidente da Casa, vereador José do Lago Folha Filho, o advogado Paulo Roberto disse que o parlamentar se apresentou espontaneamente na tarde dessa segunda-feira, 6. “Ele se declara inocente das acusações, que, na verdade, não têm razão de ser”, disse.
Procedimento
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou que “a Polícia Civil do Estado mantém em todos os seus procedimentos adequação à ordem jurídico-legal e constitucional, resguardando com plenitude os direitos dos investigados”
Ainda conforme a nota, “pela natureza ostensiva das diligências policiais, o exercício de funções de Polícia Judiciária para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão exige o uso de coletes balísticos, armamento, viaturas e número significativo de policiais, a fim de garantir a segurança das próprias equipes e dos investigados, independentemente do cargo que ocupam ou do local de cumprimento das medidas determinadas pelo Poder Judiciário”
Leia a íntegra da nota
“A Secretaria de Estado da Segurança Pública – SSP informa que a Polícia Civil do Estado do Tocantins mantém em todos os seus procedimentos adequação à ordem jurídico-legal e constitucional, resguardando com plenitude os direitos dos investigados.
A SSP ressalta, ainda, que, pela natureza ostensiva das diligências policiais, o exercício de funções de Polícia Judiciária para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão exige o uso de coletes balísticos, armamento, viaturas e número significativo de policiais, a fim de garantir a segurança das próprias equipes e dos investigados, independentemente do cargo que ocupam ou do local de cumprimento das medidas determinadas pelo Poder Judiciário” (Com informações das Ascons da Câmara de Palmas e da SSP)