Os deputados estaduais com as maiores evoluções de patrimônio nos últimos quatro anos argumentaram o crescimento ao CT. As alegações vão de bens que não foram estimados, atualizações e regularização de imóveis e bens que não são efetivos, mas passivo. Ricardo Ayres (PSB), Vilmar de Oliveira (SD), Paulo Mourão (PT) e Valdemar Júnior (MDB) foram os parlamentares que se manifestaram.
Em relação ao crescimento patrimonial dos últimos quatro anos, Ricardo Ayres fez questão de destacar a sua atuação na advocacia. O pessebista afirma que o escritório do qual é sócio fatura em média R$ 1,4 milhão por ano desde quando foi criada, em 2008. A nota enviada ao CT reforça que o deputado tem na carreira “uma das maiores vitórias advocatícias do Estado”. “O que desde 2009 lhe proporciona uma estabilidade financeira, o que é pública e notória”, discorre.
O texto cita como exemplo o fato de ter recebido como honorário advocatício uma fazenda de seis mil hectares, que está incluída no Imposto de Renda; comenta a valorização de imóveis que já possuía e destaca ainda que desde 2009 tem investido em imóveis financiados. “Todos informados à Justiça Eleitoral porque os mesmos foram quitados no presente ano”, diz a nota.
“Agi com absoluta transparência para informar perante a Justiça Eleitoral meu ‘real’ patrimônio, obtido com muito esforço, juntamente com o da minha esposa, sempre de maneira decente e ética. Estou deputado estadual, mas a minha carreira como advogado começou cedo e sempre me concedeu grandes vitórias”, afirmou o parlamentar no final da nota.
Em nota, a assessoria de Vilmar de Oliveira informou que uma “falha de referência” causou este crescimento do patrimônio entre as eleições. Segundo o texto da assessoria, o deputado estadual – que é agropecuarista – informou as mesmas posses em 2014 com base no imposto de renda, e na época o rebanho que possuía foi contabilizado, mas “sem estimativa de valores”.
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“Em 2018, o aumento no valor dos bens declarados à Justiça Eleitoral é na verdade a estimativa do valor do rebanho, que antes não havia sido calculada, mas a quantidade do rebanho continua praticamente a mesma, ou seja, o patrimônio do parlamentar continua o mesmo”, justificou a nota do parlamentar, que reafirmou o “compromisso de não ter a política como fonte de enriquecimento”.
Paulo Mourão também se manifestou por meio de texto. O petista afirma que “não houve aumento” do patrimônio, mas um “ajuste de valores de bens” que teriam sido declarados “há mais de uma década”. “O que lhe pareceu aumento patrimonial na verdade foi regularização e atualização do valor do bem”, argumentou o candidato ao Senado Federal em referência a valorização dos lotes de sua residência em Porto Nacional.
O petista também fala que o aumento do patrimônio também é resultado de financiamento de imóvel em Brasília. “A cada ano que se passa o valor amortizado incorpora ao patrimônio, portanto mais um exemplo de que não há aumento de patrimônio, mas atualização do valor patrimonial”, reforçou na nota.
Valdemar Júnior também minimizou a evolução das posses. Em breve conversa com telefone com o CT, o deputado argumenta que tal crescimento “não é patrimônio efetivo”, e sim “passivo”. Neste sentido, o emedebista explica que os dois veículos declarados são oriundos de financiamento e que ainda não foram quitados. Quanto aos R$ 300 mil em dinheiro, R$ 220 mil dele, segundo o parlamentar, é fruto de empréstimo.
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O levantamento da evolução patrimonial tem como base a declaração de bens feita pelos próprios deputados estaduais à Justiça Eleitoral. Os dados detalhados de cada parlamentar podem ser encontrado em sua página no Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. O CT está aberto para qualquer um que queria justificar os valores declarados.
Confira abaixo as notas enviadas e o levantamento da evolução patrimonial dos deputados estaduais que são candidatos:
“O deputado estadual Ricardo Ayres, por meio de nota pública, se manifesta quanto a matéria veiculada neste portal, a qual faz referência ao crescimento de seu patrimônio entre os anos de 2014 e 2018. Ayres afirma ter muito orgulho da advocacia e de tudo que essa militância lhe proporcionou, atuando ainda como advogado em inúmeros processos. O escritório de advocacia em que é sócio juntamente a sua esposa, fatura em média R$ 1,4 milhões por ano desde 2008, ano de sua abertura. Ricardo tem em sua carreira uma das maiores vitórias advocatícias do estado do Tocantins, o que desde 2009 lhe proporciona uma estabilidade financeira, o que é pública e notória.
Ainda a título de informação, os bens que declarou em 2014, dois imóveis na ARSE 21, hoje estão avaliados em pelo menos 1,5 milhão e que no ano de 2017 fez incluir em sua Declaração de Imposto de Renda uma fazenda de 6.000 hectares que recebeu como pagamento de honorários por ter atuado no estado do Maranhão no ano 2003. Desde o ano de 2009, vem investindo em imóveis financiados, todos informados à Justiça Eleitoral porque os mesmos foram quitados no presente ano.
Ayres deixa claro que todo patrimônio, inclusive o recebimento de honorários, foram movimentados e informados na sua declaração, assim como no de sua esposa, tendo sido feito também a correção de seus valores, conforme determina a Lei.
‘Agi com absoluta transparência para informar perante a Justiça Eleitoral meu ‘real’ patrimônio, obtido com muito esforço, juntamente com o da minha esposa, sempre de maneira decente e ética. Estou deputado estadual, mas a minha carreira como advogado começou cedo e sempre me concedeu grandes vitórias’, afirmou o parlamentar.”
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“Em relação à matéria veiculada por este Portal, que cita o deputado Vilmar (Solidariedade) como o terceiro parlamentar, com bens declarados, que mais aumentou seu patrimônio entre os anos de 2014 e 2018, Vilmar afirma que uma falha de referência causou esta informação errônea, mas na verdade seu patrimônio continua o mesmo.
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“Caríssimo Cleber, parabéns pelo trabalho de alta relevância que seu blog, presta a sociedade Tocantinense, cabe a mim em nome do respeito, admiração que tenho por você é pelo seu trabalho, dar-lhes alguns esclarecimentos quanto a matéria de hoje sobre patrimônio dos parlamentares Estaduais:
Gostaria de lhe explicar e garantir que quanto ao meu Patrimônio não houve aumento e sim ajuste de valores dos bens já declarados a mais de uma década, no caso específico dessa declaração com base ano 2017, ocorre que minha residência em Porto Nacional desde de 1982, não havia sido declarada pois não era averbada e nesse caso eu somente declarava o valor dos lotes de números 37 e 41, rua Bartolomeu Texeira Palha com a realização de um financiamento na CX EC Federal o ano de 2017, para edificar, reformar e ampliar minha nova casa, registrada em cartório sob o número 22655 e 3792, agora já regularizada o valor do imóvel completo. e antes somente o valor dos lotes agora em função da regularização e averbação foi declara pelo valor de R$983.775,00, portanto o que lhe pareceu aumento patrimonial na verdade foi regularização e atualização do valor do bem.
Outro aumento que ocorreu é como tenho também o financiamento na CX EC Federal, de outro imóvel em Brasília, um apartamento cujo o contrato de número 1.1829.00000045-3 em 164 parcelas iniciados no ano de 2006, a cada ano que se passa o valor amortizado incorpora ao patrimônio, portanto mais um exemplo de que não há aumento de patrimônio, mas atualização do valor patrimonial.
Espero ter contribuído com os esclarecimentos devidos a matéria.
Sem mais para o momento, meus sinceros agradecimentos .
Atenciosamente
Paulo Mourão”