Candidato a deputado federal pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Itamar Zorchi afirmou em entrevista ao site gurupiense Atitude Tocantins que os principais dirigentes do PRTB negociaram apoio ao candidato a governador da coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha (PSB), apesar da sigla estar oficialmente na chapa “Frente Alternativa”, de Márlon Reis (Rede). O advogado do grupo do pessebista, Leandro Manzano, reforçou ao CT desconhecer qualquer medida ou denúncia neste sentido.
Ao Atitude, Itamar Zorchi afirmou que Júlio Fidelix, presidente estadual do PRTB; o vereador gurupiense Jenilson Alves, que está na vice-presidência da sigla e disputa vaga na Assembleia; e Agnaldo Gondim, do diretório metropolitano, fecharam o apoio do partido a Carlos Amastha por R$ 95 mil em espécie, entregues em reunião realizada no escritório do candidato a governador. Ainda segundo Zorchi ao veículo gurupiense, os postulantes do PRTB gravaram programas na mesma produtora, mas não tiveram as peças veiculadas no horário eleitoral.
Itamar Zorchi conta ainda ao Atitude que os candidatos do PRTB foram “obrigados” a trocar o selo da majoritária de Márlon Reis para o de Carlos Amastha nas propagandas. O renovador trabalhista acrescentou ainda que o PRTB chegou a cobrar filiados pela candidatura: R$ 1 mil para os postulantes a federal e R$ 500 a estadual. “Pagar para candidatar? Eu nunca vi isso na história”, disse ao veículo de Gurupi. Segundo Zorchi, uma denúncia à Justiça Eleitoral já foi apresentada.
O CT tentou contato direto com Itamar Zorchi, que atendeu algumas ligações, mas não pode falar em nenhuma ocasião. O site também pediu a íntegra da representação ingressada na Justiça Eleitoral, mas não foi fornecida pelo candidato pelo PRTB até o momento.
Além do advogado de Carlos Amastha, que negou ter conhecimento de qualquer denúncia nos termos da de Zorchi, o CT também ouviu Jenilson Alves. O vereador de Gurupi garantiu que a dissidência que capitaneou em favor do pessebista não teve relação com nada irregular ou ilegal. É pública a nossa manifestação de apoio, é livre. Posso apoiar quem eu quiser, inclusive com autorização do partido”, garantiu.
Quanto à denúncia em si, Jenilson Alves disparou críticas ao correligionário. “Isto é uma denúncia vazia, caluniosa. Não deixa de ser difamatória. Não tenho uma relação de comando sobre ele, então não tenho nada o que questionar. É esperar chegar [a citação] para depois verificar. Foi só para tentar prejudicar a minha campanha”, encerrou.
“Calma e destreza”
Em breve nota, Júlio Fidelix defendeu ser necessário “calma e destreza” para “abaixar o tom” da “denúncia bomba”. “Tem um só propósito, abalar e desestabilizar os concorrentes e a instituição. Nessas horas que podemos distinguir os verdadeiros parceiros e amigos. No mais, o Jurídico é o melhor caminho”, sintetizou.
Leia abaixo a íntegra:
“A uma altura dessas, uma denúncia bomba como essa, é necessário muita calma e destreza para baixar o tom que tem um só propósito, abalar e desestabilizar os concorrentes e a instituição. Nessas horas que podemos distinguir os verdadeiros parceiros e amigos. O tempo é o maior Ministro Deus. No mais, o Jurídico é o melhor caminho.
Júlio Fidelix
Presidente do PRTB do Tocantins”